Inevitável - Capitulo 24

- Sophia, você não tá dizendo que tá apaixonada por mim né? - Perguntei com um pouco de medo da resposta.
- Não disse isso. Embora eu receio que seja. - Eu estava surpreso. Nunca na minha vida eu tive esperando por um momento assim com ela. Então não sabia como reagir.

- Não faça isso. - Eu gaguejei. - Sabe que é uma coisa complicada.
- Micael, eu não espero que aconteça nada entre a gente e ainda prometo me comportar. Eu sei que é complicado, sei que sou sua cunhada e que ninguém nem nós mesmos aceitaríamos essa relação. Então não se preocupe comigo.
- Não estou preocupado com você. - Foi a minha vez de desviar o olhar. - Estou preocupado comigo.
- Mas por quê? - Pareceu confusa novamente.
- Porque eu acredito estar no mesmo caminho que você. - Ela sorriu.
- Somos dois idiotas né? - Parecia estar com os olhos cheios de lagrimas.
- Somos. - Eu ri. - E por mais que isso esteja acontecendo, não vamos mais deixar. - Me levantei.
- Não vamos, não daria certo mesmo. - Falei e ela assentiu.
- Pode me dar um abraço? - Eu fiz que sim com a cabeça e ela se levantou pra me abraçar, minha mão apertou sua bunda e ela deu um tapinha nas costas.
- Assim vai ficar dificil. - Falou rindo ainda me abraçando.
- Minha mão tem vida propria, não me culpe. - Eu ri e ela gargalhou me soltando.
- Tu é muito bobo. Acho que finalmente entendi o que a minha irmã viu em você. - Ficamos então em silencio por um tempo.
- Bom tá cedo, que tal um filminho? - Perguntei pra quebrar o silencio.
- Claro, eu faço a pipoca, escolhe ai na Netflix. - Eu assenti e a vi saindo, sorrindo que nem um idiota, isso não podia estar acontecendo.
Escolhi um filme de comedia e quando ela voltou, ficamos sentados no sofá assistindo. Nada demais aconteceu. Eramos apenas dois amigos se divertindo, sem maldade.

- Eu preciso ir no banheiro. - Disse quando levantei e pausei o filme.
- Ih, por isso tem que pausar, vai e perde parceiro. - Ela falou e me fez rir.
- Parceiro? Tu é alguma coisa no trafico e eu não sei mano? - Ela riu e eu sai, ouvi meu telefone tocar, mas eu já estava longe. - Atende ai pra mim por favor. - Gritei e fui correndo, maldita coca-cola.
Quando voltei, ela estava com uma expressão um pouco incomodada.
- O que foi? - Perguntei curioso.
- Seu telefone... - Não terminou.
- Quem era? Meu pai? - Disse indo me sentar ao seu lado e despausando o filme.
- Não. Sua namorada. - Ela disse e eu que estava bebendo mais um gole de refrigerante engasguei cuspindo tudo a frente.
- Minha o quê? - Eu arregalei os olhos.
- Olha, foi o que ela disse. - Ela deu de ombros.
- Ela quem? - Eu nem sequer sabia quem era.
- Você que tem que saber né. eu só atendi. Ah, ela ficou brava por ter uma mulher atendendo o seu celular. Deveria ligar pra se explicar.
- Sophia, eu não tenho namorada nenhuma. - Revirei os olhos. - Me passa meu celular ai pro favor.
- Toma. - Estendeu pra mim. - Ela pediu pra retornar assim que puder.
Revirei os olhos novamente e fui na ultima ligação, estava salvo como Carla o contato e então eu retornei. Com dois toques a pessoa atendeu.
- Oi amor. - Eu então reconheci a voz.
- Eu sou seu amor desde quando? - Fui grosso.
- Estraguei alguma coisa ai foi? - Ela ria.
- Não. Ela não é uma peguete, é a babá do meu filha, não tem o que estragar. - Eu evitei olhar pra Sophia depois daquela frase.
- Hum, entendi. Babá que atende telefone.
- O que você quer? - Eu perguntei seco.
- Ver você outra vez. Adorei da ultima. - Eu bufei. - Fiquei esperando sua ligação, tô até agora esperando.
- Calma, a gente vê isso ai. Tenho que desligar, tchau.
- Beijos.
Desliguei e coloquei o celular na mesinha de centro.
- Descobriu quem é? - Perguntou debochada.

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