Inevitável - Capitulo 4

- Eu te amo – Ela sussurrou em meio às gemidas que dava referente aos meus leves chupões em seu pescoço
- Eu te amo mais minha gostosa! – Eu disse já me segurando.
Meus lábios encontraram os dela e iniciaram um beijo com muita volúpia. O desejo entre nós era imenso, eu não me cansava dela e nem de seu corpo perfeito. Aquela mulher, a minha mulher fazia maravilhas e me completava.

Completamente exaustos nós fomos mais uma vez ao banheiro, dessa vez juntos.
- Você é perfeita – eu disse enquanto a tinha presa na parede entre os meus braços.
- E você é meu gostoso – ela disse me beijando.
Não falamos mais nada, terminamos nosso banho cheio de caricias e fomos enrolados na toalha para o quarto. Vestimos-nos e fomos dormir.
Acordei às cinco da manhã no dia seguinte, eu tinha carro, mas pegar o trânsito do Rio de Janeiro ninguém merece então eu preferia ir trabalhar de ônibus.
Luiza ainda dormia e eu após tomar meu banho ouvi um choro vindo do quarto ao lado. Sorri, Felipe havia acordado. Fui ate seu quarto e o tirei do berço.
- Acordou cedo hoje hein filho. – Falei com ele.
Ele mesmo com fome, já tinha parado de chorar e estava a sorrir pra mim. Verifiquei sua fralda e pude perceber que estava completamente encharcada de xixi. Coloquei-o num sofá que tinha próximo ao berço e o troquei. Limpinho eu o levei a cozinha, onde já tinha uma mamadeira preparada pra ele só foi preciso esquentar.
Coloquei-o sentado na cadeira dele, ele já era esperto e já segurava sua mamadeira, sozinho então fui comer meu café da manhã, porquê já ia dar minha hora de ir pro trabalho.
Acabamos nosso café e eu ainda não queria acordar minha esposa, ela merecia descansar. Coloquei Felipe no berço e olhei em seus olhinhos castanhos.
- Filho, papai vai trabalhar e a mamãe ainda não acordou, fica quietinho ai ta? – Após falar com ele, ele estava quietinho, parecia ate que tinha me entendido. Coloquei o móbile pra girar e sai de fininho, fui ao meu quarto peguei minha pasta e fui ao trabalho.
O caminho era curto, no Maximo uma meia hora no ônibus. Eu trabalhava na firma do meu pai. Ele tinha uma empresa de advocacia e eu claro não neguei ao sangue e me formei em direito. Marlon também trabalhava lá, e um outro advogado também, Ricardo. Éramos nós três e meu pai só supervisionava afinal era o dono.
Eu tinha chegado um pouco atrasado aquele dia.
- O que aconteceu? Espero que tenha uma ótima justificativa – Falou meu pai, ou melhor, Doutor Jorge, como gosta de ser chamado no trabalho.
- Eu estava dando a mamadeira do Felipe e perdi à hora. – Lógico que ele não perdoaria o atraso, meu pai era muito severo com os funcionários, principalmente os filhos.
- Da próxima vez, deixa que a Luiza faça isso! – Ele disse rispidamente, se virou e caminhou ate sua sala.
Ele tinha me dado esse feedback na frente da secretaria, uma mulher linda mais um tanto vulgar demais pra mim. Essa vivia se atirando pra cima de qualquer homem, inclusive eu.
- Seu pai é duro demais com vocês né? – Kelly tentava puxar assunto.
- Tem que ser, ele é o chefe – eu disse já cortando qualquer tipo de papo com aquela garota.
- Se quiser uma massagem...
- Precisa se preocupar não, se eu quiser uma massagem, minha esposa faz – Eu a interrompi e fui pra minha sala, o que eu tinha pra fazer era um caso simples, não ocuparia muito meu tempo.
Eu era formado em defesa do consumidor e a minha cliente estava querendo processar uma grande empresa de telecomunicações, isso já era causa ganha então nem me importei muito e deixei um pouco de lado meus papeis.
Duas batidas ecoaram pela minha sala.
- Entra – Eu disse com a voz grave.
Meu irmão passou pela porta e se sentou na cadeira a frente da minha mesa.
- Em que posso ajudá-lo? – Perguntei de deboche.
- Para de palhaçada garoto – Ele disse rindo.
- Fala Marlon o que você quer?
-Nada, fiquei sabendo que você levou feedback hoje é?
- Mas a Kelly é muito fofoqueira né? Nosso pai tem que arrumar outra secretaria.
- Ah claro que não. A Kelly eu pego de vez em quando. – Ele disse na cara de pau.
- Tem vergonha de me falar isso não?
- Ah Micael só por que você casou fica ai dizendo que não repara em ninguém, pode assumir por que boi amarrado também pasta. – Ele falou, achava que eu era como ele.
- Primeiro que eu não sou boi, e segundo que eu tô muito feliz só com a Luiza, não preciso “pastar” por ai como você. – Lição de moral ele nem dava ideia.
- Ah ta bom então, eu prefiro todas a uma só.

- Isso por que você nunca se apaixonou.

Um comentário: