Inevitável - Capitulo 5

- Nem quero, pra depois ficar sofrendo por ai...
- Ah cara nem sempre, eu to feliz.
- Você só tem dois anos que casou, olha ai a mamãe e o papai como estão. – Ele deu exemplo.
- O que aconteceu com a nossa mãe foi uma fatalidade, não significa que vai acontecer. – Nossa mãe havia falecido há uns três anos vitima de um câncer de mama. Meu pai desde então não se relacionou com mulher nenhuma.

- Ué, mas ele não esperava, alias ninguém esperava, ai o coroa ta ai sofrendo ate hoje.
- então vai La e pergunta a ele se ele se arrependeu em algum momento!
- Ah Micael, não quero saber de amor e paixão, tô bem só com a curtição.
- Se você está feliz ta bom, só acho que um dia você vai sentir falta.
- Sabe do que eu sinto falta?
- Não diga – Agora fiquei curioso.
- Daquela sua cunhada gostosa, sou doido pra dar uns pegas nela.
Tive que rir, olha o jeito que ele falava, nunca conseguiria nada com a Sophia.
- Tira seu cavalinho da chuva, aquela lá tem namorado. – Tentei fazer ele mudar de ideia.
- Coloca ela na minha fita.
- Ta maluco Marlon, a Sophia não é pro teu bico, agora vai trabalhar e me deixa em paz. – Eu disse um tanto quanto agressivo.
- Calma – Ele disse levantando as mãos, em um gesto de que não era culpado – Não disse por mal, agora não entendi o porquê de tanta agressividade.
- Da um tempo Marlon.
Eu disse e ele nem falou mais nada, apenas virou as costas e saiu. Eu mereço né? O cara quer se aproveitar da minha cunhada e ainda quer minha ajuda.
Depois desse episodio eu foquei no trabalho, o caso era simples de se resolver então acabei cedo, mas tinha que cumprir meu horário comercial até as 16hrs. O dia praticamente se arrastou. Ouvi meu celular tocar, olhei e era uma mensagem.
                “Vem logo amor, estou morrendo de saudade, hoje eu nem te vi de manhã. Beijos te amo muito meu lindo”
No final da mensagem eu estava sorrindo que nem um bobo para celular. Olhei o relógio e eram 15:37 da tarde. Resolvi fugir logo pra ver minha esposa.
Sai de fininho e pouco depois das 16hrs eu já estava em casa.
- Amoooor chegou cedo você! – Ele disse vindo me abraçar.
- É que eu não aguentei de saudade quando vi sua mensagem.
- Claro, você nem me deu um beijo de manhã. – Ela fez biquinho.
- Você tava dormindo tão linda que eu não quis te acordar e pedi ao Felipe pra não chorar!
- E você acredita que eu acordei ele estava quietinho no berço? – Ela disse espantada.
- Falando nisso cadê ele? – Perguntei já que não o tinha visto ainda ali engatinhando pela sala.
- Você chegou na hora da soneca dele.
- Na hora da soneca é...?! – A olhei maliciosamente e ela sorriu.
Não queria saber de cansaço e nem de nada, apenas fomos pro quarto nos beijando e lá nos amamos intensamente.
Cap 2
- Vamos logo amor – Eu disse apressando ela.
Estávamos indo ao shopping e pra variar Luiza ainda estava se arrumando. Eu já estava na sala pronto com Felipe no colo. Ela desceu as escadas e estava linda com um vestido roxo bem casual, eu a amava de roxo.
- Pra que tanta pressa? – Ela me perguntava
- Ué não vai ter vaga no estacionamento se a gente chegar lá 22 horas da noite – Falei sério.
- Micael a gente esta indo almoçar no shopping, ainda são 11 e meia – Ela disse me mostrando a hora no celular.
- Eu sei que hora que é. Vamos?
Ah se tinha uma coisa que me deixava com raiva era me fazer esperar. E isso era o que ela mais sabia fazer. Revirei os olhos com esse pensamento.
Ela pegou Felipe do meu colo e seguiu pra porta da frente.
- Vamos. – Disse também séria.
Entramos no carro e Felipe claro na cadeirinha no banco de trás. Não conversamos muito. Em dez minutos estávamos no shopping, afinal morávamos bem perto dele.
- Não sei pra que me apressou tanto, nem é meio dia e já estamos aqui!

- Tínhamos que pegar vaga pra estacionar, olha em volta Luiza, o lugar esta cheio agora temos que procurar onde sentar.

6 comentários: