Inevitável - Capitulo 119

- Está louca? - Foi a unica coisa que me disse.
- Não, estou falando super sério.
- Sophia, não acho que você está em posição de querer exigir alguma coisa. - Me olhou com a testa franzida.

- Micael, por favor. - Implorei.
- Não, eu não vou mudar. Cris é uma excelente profissional.
- Eu sei que vocês já passaram do profissional. - O olhei desconfiada e ele riu.
- Ok, nós conversamos sobre assuntos aleatórios as vezes, mas nada demais Sophia. Que implicância.
- Eu tô pedindo, pelo nosso bem, pelo bem do nosso casamento. - Juntei as mãos e ele riu com ironia.
- Não tem "nosso casamento".
- Caramba, dá pra facilitar? - Falei um pouco alto e minha menina resmungou no berço.
- Sophia, nada que você disser, vai me fazer mudar de psicologa. - Focou seu olhar no mobile balançando no berço de nossa filha.
- Vamos conversar na sala?! - Ele negou com a cabeça. - Micael, não pode ficar com raiva de mim pra sempre.
- Pra sempre? Não tem nem um dia. - Ele riu e eu pensei que estivesse com o humor um pouco melhor.
- Eu quero me entender com você, parar com essas brigas chatas. - Ele suspirou e elevantou de onde estava sentado, saindo do quarto. Eu o segui e nós paramos na sala.
- Quando eu fizer alguma coisa e você ficar de bico me negando sexo, você vai ver. - Se aproximou de mim e me deu um beijo na testa.
- Tá me perdoando? - Sorri e ele me encarou.
- Não, só não vou ficar brigando atoa, faz mal pras crianças. - Eu assenti.
- Isso quer dizer que a gente pode fazer sexo? - O olhei maliciosa e ele gargalhou.
- Você não era mais tão safada assim.
- Reconciliação exige isso. É uma regra. - Tirei minha blusa e ele parou de rir.
- Você é uma droga mulher. - Me encarou e então pensou. - Devíamos ir para o quarto. Felipe pode passar por aqui...
- Luiza levou o Felipe pra casa do seu pai. - Ele então sorriu, veio me beijar e nós fizemos amor.

Estava deitada no peito de Micael, ele acariciava meu cabelo e meus olhos estavam fechados. A unica coisa que eu sabia é que brigaríamos novamente quando eu tocasse no assunto daquela psicologa. Mas estava tão bom ali que eu realmente não queria falar nada. Até que ouvi Emily chorando.
- Fica ai, deixa que eu pego ela. - Micael deu um beijo na minha testa e se levantou vestindo o short.
Eu peguei meu celular e olhei as mensagens, nada de interessante, mas dai o telefone dele tocou. Ele tinha deixado ali, ao lado do meu, em cima do criando mudo.
Conflitos internos sobre atender e gerar uma briga e poder falar umas verdades pra aquela cidadã.
Eu olhei, ver o nome "Cris" tocando me irritou, mas eu optei por não mexer. Depois de um tempo ele voltou com Emily no colo e eu me levantei, ainda sem roupa para pega-lá.

- Meu celular tava tocando? - Perguntou desconfiado e eu assenti. - Você atendeu?
- Não. Se eu atendesse ia xingar sua psicologa querida. - Ele riu.
- Você é a melhor pessoa que existe. - Me deu um abraço.
- Precisamos conversar sobre ela, amor. - Ele me encarou, esperando que eu terminasse de falar. - Ela vai ficar fazendo a gente brigar.
- Só se você deixar. - Deu de ombros. - Sophia, você não precisa estar insegura por causa disso. Eu não quero aquela mulher. Nunca vou querer mulher nenhuma.
- Não sou insegura. - Fiz bico e ele riu de novo.
- Tô vendo. - Bufei. Olhei minha menina e ela já estava pegando meu peito, já que eu estava sem roupa.
- Micael, quando eu estava na escola, eu conheci o Marco...
- Você tá pelada na minha frente e vai falar desse cara? - Fechou a cara.
- Depois eu que sou o inseguro. - Foi a minha vez de rir. - Quando eu conheci e me apaixonei por ele, foi algo instantâneo, só que ele tinha uma namoradinha...
- Sophia, que safada, não pode roubar os homens das outras. - Ele gargalhou.
- Eu descobri depois, mas pra falar a verdade não me importei. Essa menina, era a sua nova amiguinha ai. - Ele arregalou os olhos, mas deu começou a rir.
- Tá com medo das voltas do mundo é? - Eu peguei com a mão livre o travesseiro e joguei nele.
- Não! - Disse rápido. - Na verdade, eu estou.
- Viu, pagar os pecados de antigamente.
- Micael, isso não tem graça, até porque você é mais ciumento que eu e quer me julgar ai. Eu queria ver se fosse ao contrario. - Disse com um bico gigante.
- Sophia, ela nem sabe seu nome. - Disse entre risos. - Ela com certeza não fala comigo só pra se vingar de você porque roubou o namoradinho de escola dela.
- Será? - Ergui a sobrancelha e ele veio me abraçar.
- Relaxa, linda. Você é o amor da minha vida. - Me beijou
- Pode deixar que se a Cris fizer qualquer coisa eu corto ela na hora.
- Ok - Respirei fundo. - E vai me contar pra eu ir atras dela.
- Até parece. Não quero você arrumando briga por ai.
- Exclusividade sua né, gato? - Eu ri e olhei pra baixo quando minha pequena largou meu peito. - Não fica de papinho do dia todo pelo menos.
- Sophia, não precisa me regular. - Rolou os olhos.
- Otimo, vou então arrumar um psicologo bem gato. - Ele arregalou os olhos.
- Não inventa. Até onde eu sei você não tem nada que precise de tratamento. - Eu ri e coloquei minha menina de bruços na cama pra começar a me vestir.
- Ué, meu "namorado" de conversinha com outra mulher é bem traumático. - Eu falei já rindo.
- Ok, você ganhou, eu vou cortar ela um pouco tá? - Eu sorri debochada.
- Muito bom. - Mandei um beijinho no ar.

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