Reviravolta - Capitulo 21

E então mais um mê tinha se passado. Sophia já estava comprando coisas para a sua filha com a ajuda de Larissa, por que não podia comprar nada muito caro para que seu pai não desconfiasse. Tinha decorado um quarto na casa que vivia. O quarto tinha as paredes lilases e a mobília branca, roupa de cama e enfeites em diferentes tons de roxo, o que fazia ela ficar imaginando o rostinho da filha a cada vez que entrava ali.

Agora com sete meses estava mais ansiosa do que nunca para que chegasse o dia de conhecer sua bebê. Ela já tinha terminado um período da faculdade e tinha decidido que não faria outro, não agora, porquê sabia que sua filha nasceria no meio do período e não queria parar assim.
Naquele dia estava sentada na cadeira de amamentação no quarto da neném junto com a Larissa pensando no nome da menina.

- Que tal Alysson? – Sugeriu Larissa.
- Ah não, eu queria um nome em português! – Sophia resmungou e Larissa revirou os olhos em reação.
- Ana Beatriz? Ana Carolina? Ana Alice? Ana Clara? Ana Sophia? – Sophia bufou.
- Ana Sophia? Que ridículo Larissa – Gargalhou acompanhada da Amiga. – E qual seu problema com a letra a?
- Sei lá, eu só acho bonito nomes com essa letra. – Deu de ombros
- Ih eu acho que ela também gosta, porquê ela esta chutando bem aqui ó – Apontou para o lado de sua barriga e Larissa colocou a mão pra sentir a neném mexendo.
- Viu, a princesa da dinda quer ter um nome com A – Disse fazendo voz fina, como se tivesse falando com a própria.
- Ah, mas com a, vai ser uma das primeiras da chamada, quando não fizer o dever de casa e o professor tiver chamando nem vai dar pra copiar de um amigo. – Sophia começou a rir loucamente.
- Aiiiiii que horror tadinha, nossa filha vai ser inteligente. – Larissa fez cara de espanto e tirou a mão da barriga da Sophia.
- Ué, eu sou inteligente, isso não significa que eu não tenha feito isso no meu ensino médio. – apontou o dedo na direção da Larissa – E eu aposto que você também fez. – Disse e começou novamente a rir.
- Ah claro que fiz – Acompanhou a Amiga. – Vamos decidir logo isso. Que tal Alice?
- É bonito, mas muito comum. – Pareceu pensar – Alycia? – Larissa levantou uma sobrancelha e pareceu pensar sobre o nome.
- É lindo, adorei Soph! – Sophia pôs a mão na barriga após sentir a neném mexer outra vez.
- Ai ela esta tão agitada hoje! – Acariciou a barriga – Gostou do seu nome, Alycia?! – Falou com a barriga. Ouviu o telefone tocar.
- Pode pegar pra mim Lary? – Se referiu ao celular – Está La na sala.
- Pego sim.

Larissa foi até a sala e achou rápido o celular e entregou a Sophia que atendeu antes do ultimo toque.

- Alô? Quem é? – Atendeu rápido e nem olhou no visor antes.
- Oi Soph, aqui é a Lua. – Ela tinha a voz triste e fraca.
- O que te aconteceu? Você me parece estranha. – Se preocupou.
- Como você está? – Perguntou a ignorando.
- Melhor que você aparentemente – Disse seca – O que aconteceu Lua Maria.
- Tenho uma coisa pra te contar há quase um mês. – Parecia nervosa agora.
- O que foi Lua, que agonia! – Já estava se alterando.
- Calma, fica calma. – Lua e Sophia respiraram fundo. – Há cerca que um mês atrás eu encontrei o Micael. – Falou rápida e Sophia colocou a mão no coração.
- Você viu ele onde? Falou com ele? Como ele está? Perguntou por mim? Falaaaa Lua – Disparou a falar sem deixar a Lua responder.
- Soph, ele tem raiva de você. E não é pouca. Nem deixou a gente falar sobre você, saiu dizendo que não queria saber. – Foi diminuindo o tom da voz no final.
- Raiva de mim? Ai se eu pudesse dizer a ele que não foi por opção minha. – Suspirou.
- Ele falou um negocio de carta. Você enviou alguma carta ou bilhete pra ele? – Questionou.
- Não Lua, eu não tive tempo de nada! – Outro suspiro – Mas como ele estava, parecia bem?
- Sophia se segura. – Ela respirou fundo e então como da outra vez falou tudo de uma só vez – Micael está namorando com uma menina daqui.
- O que?


E então o ar começou a falta e foi ficando tudo escuro, ainda bem que Sophia estava sentada. Larissa que estava por perto tirou o celular da mão dela e a acudiu. Ligou para a emergência e pediu que lhe mandassem uma ambulância com urgência. Ela precisava ajudar a amiga e a afilhada.

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