Inevitável - Capitulo 74

- A gente devia ter casado antes. - Sophia sussurrou.
- Não ia adiantar, assim que ela voltasse, nosso casamento seria anulado. - Joguei as fotos de volta na caixa e respirei fundo.

- Então não tem jeito? - Quando a olhei, tinha lagrimas em seus olhos e aquilo partiu meu coração.
- Claro que tem, eu posso entrar com um pedido de divorcio litigioso, a questão é que demora alguns meses e depois que sair, temos que esperar mais algum tempo até que eu possa casar de novo, eu queria me casar logo.
- Mas se não temos opção. - Estava incrivelmente triste, mas não queria que eu percebesse.
- Vou tentar falar com a Luiza. - Suspirei e ela me olhou no fundo dos olhos.
- Acho que não devia fazer isso. - Odiava a ver daquela forma, mas que opção eu tenho?
- Sophia, um divorcio em que ambas partes querem, sai consideravelmente mais rápido do que um litigioso. Preciso tentar, caso contrario, nosso bebê já terá nascido quando nós nos casarmos.
- Tudo bem, você pode tentar, mas não deixa ela te provocar, por favor. - Seus olhos suplicavam.
- Não, embora ela vá surtar. - Dei de ombros com um sorriso. - E querer matar você.
- Até parece né. - Ela então riu. - Ela vai querer matar você mesmo.
- Como é difícil ser gostoso, sabia? - Debochei e ela me abraçou.
- Eu te amo. - Sorri em resposta aquela frase, nunca me cansaria de ouvir.
- Eu também te amo, minha princesa. Muito. - Dei um beijo em sua testa, coloquei a caixa no chão e a abracei pra dormirmos.

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Acordei bem cedo e Sophia ainda dormia, não quis acorda-lá então apenas levantei de fininho e fui para o banho. Desci e passei um café, ainda sem fazer muito barulho, mas Sophia logo apareceu.
- Amor, por que acordou tão cedo? - Perguntei a ela, que sonolenta apenas se sentou em uma cadeira.
- Tá cansado de saber que eu me sinto sozinha sem você. Ai acordo. - Sorri. - Por que você acordou tão cedo e já esta arrumado?
- Vou passar mais cedo na empresa e na saída vou na casa da sua mãe. - Dei de ombros e ela então me olhou, uma sobrancelha arqueada, não parecia acreditar.
- Não ia me avisar? Eu quero ir também. - Se levantou e parou no minha frente. Eu estendi uma xícara de café a ela, que pegou de bom grado.
- Você não pode ir. - Dei de ombros e ela me olhou estranho.
- Eu vou sim. Se não me deixar ir com você, quando chegar lá, eu já estarei. - Eu bufei e coloquei a minha xícara na mesa.
- Sophia, vou tentar conversar de boa com ela, vou tentar apelar pra um lado humano. Se é que ainda existe. Se você for, vamos acabar brigando.
- Mas não quero deixar você sozinho com ela. - Sophia abaixou a cabeça envergonhada.
- Eu quase matei ela da ultima vez e você realmente está preocupada com uma recaída? - Eu ri do quão ridícula era aquela situação.
- Sei lá né... - Suas bochechas estavam coradas, eu coloquei minhas mãos em seus ombros e ela olhou pra mim.
- Eu já disse que te amo. Eu quase te perdi, não quero que aconteça de novo. - Ela sorriu.
- Tudo bem, mas prometa me ligar assim que der. - Exigiu e eu dei um beijo em sua boca com gosto de café.
- Claro que sim. - Tomei apressadamente o resto do meu café, subi e peguei minha maleta e a caixa de fotos e fui pro carro. Não demorei muito até chegar no trabalho e meu pai logo se espantou.

- E num é que milagres acontecem? - Ele riu, se fosse em outros tempos, já teria me demitido por todas as vezes que chego atrasado ou saio cedo.
- Haha, me zoar ontem não foi o suficiente? - Ergui uma sobrancelha e ele balançou a cabeça negativamente, ainda com um sorriso nos lábios. - Preciso sair cedo hoje de novo.
- Ah, tudo que é bom dura pouco. - Rolei os olhos. - Quando você vai voltar a trabalhar direito hein, Micael?
- Quando eu resolver essa bagunça que está na minha vida. - Dei de ombros.
- O que aconteceu agora? - Sua expressão mudou de brincalhão para preocupado.
- Pedi a Sophia em casamento. - Ele sorriu. - Mas sou casado com a Luiza e tenho que conseguir o divorcio dela.
- Ela nunca vai te dar, entra com o litigioso de uma vez. - Sua expressão estava mais suave.
- Eu sei que não, mas vou tentar falar com ela hoje. Nós queríamos nos casar antes do bebê nascer, se for litigioso, não vai rolar.
- Eu sei. - Suspirou. - Boa sorte com ela então. E se precisar de advogado, contrate um dos nossos.Temos alguns excelentes que vem trabalhar e cumprem as horas de trabalho. - Ironizou e eu ri.
- Acho que eu mesmo consigo mover esse processo pai. - Ele rolou os olhos.
- E desde quando você é advogado desse tipo de causas? Pensei que você era civil. - Riu e eu mais uma vez rolei os olhos. - Fale com seu irmão. De qualquer forma é melhor que você não se represente, está emocionalmente envolvido. - Suspirei.
- Talvez tenha razão, vou lá dar uma olhada nos meus casos e depois eu vou. Valeu pai. - Dei um tapinha em seus ombros e fui pra minha sala...

5 comentários:

  1. olha..do jeito q a luiza é e pra que veio, é capaz de pedir dinheiro em troca, ela nem ama ele mesmo, mas sei la kkkkk continuaa

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  2. Podia postar um bonus é tão horrivel ficar esperando😭😭

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  3. olha tomara q ela aceite esse divorcio embora eu ache dificil

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