Amor Demais - Capítulo 99

Quando chegamos á sala, Eduardo, Penny, Alex e Jeff já tinham ido embora. Só restavam nossos amigos mesmo, Mel ainda com meu menino no colo, Laura com a cabeça deitada no colo de Lua e Arthur e Chay jogando vídeo game. Aparentemente meus pais foram embora, assim como os pais e irmãos do Micael. Ah, Jéssica também não estava em nenhum lugar a vista.

- Acabou o drama? – Lua perguntou e me fez olhar pra ela.
- Eu não estava fazendo drama. – Rolei os olhos.
- Tu tem raiva de uma coisa de anos atrás, claro que é drama. – Mel complementou e eu nem me dei ao trabalho de responder.
- Eu acho que a sua festa de boas vindas com o Eric não saiu como eu planejei. – Meu lindo marido falou meio sem graça e eu ri.
- Você reuniu todo mundo que eu amo num só lugar, e a Penny. Foi tudo mais que perfeito. – Lhe dei um beijo.
- Sem melação casal. – Arthur disse sem nem olhar na minha cara.
- Deixa a gente ser feliz. – Resmunguei rindo e dando mais um beijo nele.
- Ecati. – Foi a vez de Chay dizer sem nem mover os olhos da tv, assim como Arthur.
- Vocês são chatos demais. – Mandei língua.
- O que vai fazer com o Eduardo? – Mel perguntou e eu dei de ombros.
- Depois eu ligo pra ele e falo. – Suspirei. – Antes dele ir. Agora eu acho que a gente devia procurar o que comer e continuar essa festa de boas vindas.
Seis anos depois...
Era impossível estar mais feliz do que eu andava ultimamente. Desde que o Eric nasceu eu não tive mais nenhuma briga relevante com o Micael. Eramos só amor.
Nesses seis anos eu tinha me afastado um pouco da carreira, mas ainda continuava trabalhando de forma bem casual.
Laura com quase quinze anos estava impossível com os namoradinhos, deixando Micael de cabelo em pé, enquanto Eric com cinco era um amor de criança e não dava trabalho nenhum.
Jessica teve sua filha, Larissa e ela é muito amiga de Eric, eles estudam na mesma escola. Ela ainda estava casa com o pai da filha, um amor que aconteceu tão rápido tá ai durando bastante.
Lua e Arthur passaram por uma baita crise e acabaram se separando. Clara, com doze anos morava com a mãe, no mesmo apartamento. Enquanto Arthur tinha alugado uma casa próxima o suficiente pra sempre ver a menina.
Chay eMel era só amor, assim como eu e Micael. Eles como sempre moravam um pouco afastado com o filho, mas sempre estavam nos rolês.
- Eric, vem pegar o lanche, a van já vai passar! – Eu gritei e em poucos minutos um serzinho veio correndo até a cozinha. Eram quase meio dia, horário em que a van que o levava a escola passava.
- Já estou aqui, mamãe. – Falou com sua voz doce e eu me abaixei pra dar um beijo em sua testa.
- Aqui está seu lanche. – Coloquei na pequena mochila que ele tinha nas costas. – Vamos para o ponto. Ele assentiu, me estendeu a mão e nós fomos caminhando pro ponto. A van era sempre pontual então não demoramos muito ali. – Obedece a professora, meu amor.
- Tá bom, mamãe, amo você. – Sorriu e eu gritei um "também te amo" pra ele enquanto a porta se fechava e eu observava partir. Voltei pra casa devagar e encontrei Laura jogada no sofá mexendo no celular.
- Laura?! – Chamei já num tom irritado após ir na cozinha e voltar.
- Hum?! – Foi apenas o que ela me respondeu.
- A louça vai esperar o dia todo? – Perguntei já irritada.
- A senhora esta em casa. – Ela não tirava os olhos do celular.
- Laura, você sabe que tem afazeres em casa quando chega da escola e só então depois você fica ai atoa? – Coloquei as mãos na cintura e fiquei olhando pra menina.
- Ah, mãe. Eu acabei de chegar! – Bufou e eu com raiva me aproximei e tomei o celular da sua mão. – Ei, você não pode fazer isso.
- Eu posso sim, sou sua mãe. Devolvo o celular depois que você lava a louça, varrer a casa e arrumar a zona que esta no seu quarto!
- Que absurdo! – Se levantou e me encarou. – É o meu celular.
- Mas quem pagou fui eu.
- Quem pagou foi o meu pai. – Rebatei.
- Quanto mais você me responder, mais vai ficar sem celular. – Falei já começando a me alterar. – Se quiser a gente liga pro seu pai e vê o que ele acha!
- Até parece que eu não sei que ele vai concordar com você. – Rolou os olhos. – Vocês são a favor de eu ser uma escrava nessa casa. Acho que me tiveram pra nunca mais ter que lavar a louça. – Ela aumentou o tom de voz.
- Primeiro que isso serve pra você começar a criar responsabilidade, segundo que ou você abaixa o tom de voz ou nunca mais vai ver esse celular na vida. – Ela suspirou.
- Desculpa mãe. – Eu assenti. – Deixa eu pelo menos mandar uma mensagem avisando que não vou poder falar por um tempo. – Ela pediu e eu olhei o celular, ainda estava desbloqueado então vi o nome "Matheus" e um coração e resolvi gravar um áudio.
- Matheus, aqui é a Sophia, mãe da Laura. Queria só avisar que ela vai fazer umas coisas que já deviam estar feitas há muito tempo e que depois ela vai falar com você. – Finalizei. Minha filha olhava pra mim sem acreditar. – Louça, agora! – E ela foi batendo o pé.

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