Inevitável - Capitulo 68

Micael foi embora não muito tarde e eu tive tempo de dar um abraço e um beijo em Felipe. Eu terminei de jantar e fui pro meu tomar um banho antes de dormir. Naquela noite sonhei com meu pequeno e como seria seu rostinho.
Acordei super animada na manhã seguinte e depois de escovar os dentes e tomar um longo banho desci pra sala com um sorriso enorme.



- Bom dia! - Disse pra minha mãe e meu pai no sofá.
- Bom dia Filha. - Eles responderam em uníssono e caíram na gargalhada.
- Parece animada. - Minha mãe sorriu pra mim e eu sentei no sofá.
- Estou um pouco. Na verdade não sei o que fazer com o tempo livre. - Dei de ombros.
- Usa pra tomar café. - Ela me repreendeu brincando. - Meu neto precisa comer.
- Seu neto vai me deixar obesa. - Rolei os olhos e então ouvi a Luiza descendo as escadas. Fechei a cara e ela se jogou no sofá ao meu lado, já que meus pais ocupavam o outro.
- Bom dia familia. - Eu rolei os olhos e fiz menção de me levantar.
- Para de drama. - Deu de ombros. - Foi só uma mentirinha e você vai ficar sem falar comigo pra sempre?
- E você merece alguma consideração? - Olho pra ela que tinha o rosto sério.
- Sophia, até onde eu sei, não fiz nada demais. Eu não matei ninguém, eu não fiz bruxaria e nada. A culpa não foi minha se vocês não tinham confiança um no outro.
- Ai, Luiza, da um tempo. - Sentei no sofá de novo. - Aceita logo.
- Tudo bem. - Ela deu de ombros e eu a encarei. - Não vou mais fazer nada.
- Ué, de ontem pra hoje tu já mudou de ideia? - Ri
- Cansei, é mais fácil eu encontrar alguém por ai que me ame. - Ela sorriu e eu virei a cara.
- Também acho! - Minha mãe sorria.
- Ai, é tão bom ver vocês assim! - Disse empolgada e eu rolei os olhos.
- Assim como mãe? Nada mudou. - Falei fria.
- Pelo menos estão conversando.
- Não por muito tempo. - Bufei e sai dali rumo a cozinha pra tomar café.

O dia até que passou rápido. Passei trocando mensagens com Micael que ao invés de trabalhar ficava perguntando de cinco em cinco minutos se eu estava bem. Agora, umas quatro da tarde, eu tinha acabado de voltar do banho depois de ter ficado um tempo debruçada contra o vaso botando todo meu almoço e lanche da tarde pra fora. Eu não via a hora dessa parte da gravidez passar logo.
Agora estava deitada no sofá, graças a Deus sozinha e vendo "vale a pena ver de novo" na globo.
A campainha tocou e eu não quis me levantar pra atender, minha mãe apareceu não sei de onde pra abrir. Fechei os olhos com esperança de que aquele enjoo passasse. Senti mãos em mim e os abri imediatamente.

- Você está passando mal? - Os olhos preocupados de Micael me fizeram sorrir.
- Eu to realmente começando a acreditar que você mora aqui perto. - Ri e fechei os olhos de novo.
- Eu vim buscar você pra nossa casa. - Eu podia ouvir o sorriso em sua voz.
- E nem me avisa nada?
- Era uma surpresa. - Abri os olhos a tempo de ver ele passando as mãos no cabelo.
- Sei... - Sorri.
- Vai arrumar suas coisas. - Eu me sentei, estava um pouco melhor. - Quer ajuda? - Ele perguntou assim que levantei.
- Não, pode ficar ai, a maioria das coisas está na sua casa mesmo. - Dei de ombros e virei pra ir pro meu quarto.
- Nossa casa. - Ele me corrigiu e eu subi com um sorriso no rosto imenso.

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