Inevitável - Capitulo 72

Quando estávamos indo pra mesa, Marlon chegou e assim que me viu, sorriu. Não sei porquê. Eu não tinha trocado dez palavras com Micael e ele estava com um bico enorme por causa disso, eu imagino. 
- Chegou tarde hein, garoto! - Micael comentou e Marlon revirou os olhos. 
- Alguém nessa familia tem que trabalhar. - Ele deu de ombros e acabou levando um tapa de Micael, o que me fez rir. 
- Eu trabalho muito. - Dessa vez eu ri. 
- Muito bem observado, Sophia. - Ele olhou pra mim e riu. - Me poupa de qualquer resposta. 
- Tu tá contra é, Sophia? - Ele estava fingindo estar bravo, mas tinha uma expressão divertida nos olhos. 
- Só sei que nos últimos dias com você me visitando todos os dias eu acredito que não, amor. - Eu não conseguia conter o riso. 
- Eu já fiz de tudo pra esse menino trabalhar. - Jorge entrou na brincadeira também. - Mas não adianta. 
- Meu Deus, é a familia toda contra mim? - Sentou ao meu lado agora quase não conseguindo conter o riso. O clima entre nós mudou consideravelmente após a chegada de Marlon. 
- Só falamos a verdade, somos 5 contra um. - Eu disse e ele sorriu. Já pelo canto do olho, senti Marlon contando quantas pessoas tinha na sala. 
- Somos quatro, Sophia. - Me corrigiu um pouco sem graça.
- Meu filho já sabe que o pai dele gosta de enrolar. - Os olhos de Marlon e de Jorge se arregalaram e logo depois um sorriso se abriu em seus rostos. 
- Você tá gravida? - Assenti e então Jorge se levantou pra me dar um abraço
- E porque não nos contou, Micael? - Marlon tinha um tom de voz um pouco chateado.
- Descobrimos faz dois dias. - Se explicou.
- Tempo suficiente pra nos contar. - Jorge agora concordava com Marlon.
- Gente, minha vida estava uma confusão. Estava tentando trazer a Sophia pra casa, fazer ela me perdoar. Não tive tempo de pensar em mais nada. - Rolou os olhos e eu sorri. 
- Que bonitinho. - Apertei a sua bochecha e ele me encarou. - Achei fofo amor. - Nós rimos. 
- Ah, eu quero comer! - Felipe disse olhando pra nós com uma cara de impaciente. Tinha o cotovelo apoiado na mesa e a cabeça apoiada na mão.
- Tá bom, filho. Vou pegar a comida. - Jorge disse e saiu da mesa.
- Eu acho que nunca vou me acostumar a ver vocês juntos. - Marlon disse rindo e eu só dei de ombros. - Vocês se odiavam. - Micael sorriu olhando pra mim.
- Acho que já era amor. - Sorri de volta. 
- Ah, não era não, eu achava você um escroto. - Marlon riu e eu também não segurei. 
- Eu sendo todo fofo, você vai e pah, corta o clima. - Fez drama e nós rimos ainda mais. 
- Ué, só a verdade mais uma vez. - Marlon respondeu por mim. 
- Cala a boca, Marlon. - Jorge voltou e ao ouvir aquela frase já chegou rindo.
- Ainda não pararam de zoar meu filhotinho? - Micael o olhou sério.
- Melhor familia essa. Uma esposa que me achava um escroto, um irmão idiota e um pai zoeiro... - Ele mesmo não se aguentando, com vontade de rir. 
- Micael, a gente já disse tanta coisa brigando que não é possível que você não pensasse coisa pior de mim. - Falei rindo.
- E eu não sou um idiota. - Nós nos servimos e Micael continuava aquela discussão com Marlon sobre quem era mais idiota. Eu comi em silencio, podia sentir o enjoo vindo e realmente não queria ter que vomitar aqui, mas não teve jeito, mal consegui dizer um "licença" antes de ir para o banheiro, sem nem mesmo saber onde ficava. Sorte que foi fácil achar. Quando voltei, eles me olhavam preocupados.
- Sabe que eu já tô me acostumando... - Disse e vi o sorriso deles. Me sentei na mesa mas nem terminei de comer, nada descia. Quando acabaram, nós já estávamos indo pra casa, Felipe já estava na cadeirinha e eu dei um ultimo abraço no meu sogro e cunhado antes de entrar no carro com Micael.
Fomos em silencio por todo o caminho e quando finalmente chegamos, eu subi pra tomar um banho. Não queria conversar, ainda mais que estar nessa casa me lembrava o que Felipe falou sobre Luiza. Demorei bastante no banho e quando sai, Micael estava sentado na cama. 

- O que aconteceu? - Tinha uma ruguinha entre os olhos que o deixava ainda mais lindo. - Estava tudo bem, de repente você ficou muda. 
- Nada, é que eu comecei a pensar no que o Felipe disse sobre a Luiza e...
- E nada Sophia. Vou dizer uma coisa que você disse pra mim há muito tempo. - Ele olhou em meus olhos. - A Luiza está morta.
- Não, ela não está. - Neguei com a cabeça.
- Tem razão, é ainda pior. - Deu de ombros. - Quando ela estava "Morta" - Fez sinal de aspas com os dedos. - Eu tinha alguma consideração por ela. O que é completamente diferente de agora. Então não se incomode com ela. Eu amo você.
- Eu sei que ama. - Sorri e me aproximei, escondendo a cabeça em seu peito. - Não é insegurança. Só raiva por você ter ficado com ela de novo. 
- Você esqueceu que quase me jogou no colo dela né? - Ele arqueou uma sobrancelha e eu não podia negar, parte da culpa tinha sido minha. 
- Não. - Respirei fundo. - Eu só queria que as coisas não fosse tão difíceis. 
- E eu só queria que você fosse minha esposa. - Levantei a cabeça e vi que ele segurava a caixinha com um anel. Não acredito! - Quer casar comigo?
- Eu não acredito que você está me pedindo isso! - O abracei e dei um beijo nele.
- Bom, eu sei que você não queria ter um filho sem casar, e como eu meio que me adiantei, não temos muito tempo pra planejar. - Ele sorriu pra mim e eu estava chorando. - Você não disse se aceita...

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Gente, desculpa pelos dias, aquele velho problema da internet está de volta. Foi mal.

6 comentários:

  1. Entendemos é muto ruim mesmo ficar sem net.. Espero q ela aceiteeeeee aaa ❤❤❤

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  2. que fofo, finalmente. agora a vaca tem que assinar o divorcio

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  3. Continua 😍😍😍 Tá perfeita ❤❤❤

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  4. pedido de casamento aaaawwww q lindos continua

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