Inevitável - Capitulo 76

- Oi amor. - Ouvi sua voz e  logo fiquei preocupada se tinha dado tudo certo. Mas é claro que não deu, Meu subconsciente me lembrava.
- Oi linda. - Ficamos em silencio e essa foi a confirmação.
- Não deu certo né? - Eu o imaginei do outro lado dando de ombros.

- Não, sua irmã é psicopata. - Eu ri.
- A gente já sabia que não ia dar certo, então não vamos ficar triste. Quanto mais tarde a gente casar, pelo menos a nossa filha vai levar as alianças. - Eu ri e me sentei no sofá.
- Quanto tempo você acha que leva o processo hein? Acho que eu dei a impressão errada. - Ele riu e era muito melhor esse som do que a sua voz preocupada.
- Sei lá né. O que importa é que estamos juntos. - Sabia que ele estava sorrindo do outro lado da linha. - Te amo.
- Eu também te amo. - Ficou em silencio.
- Agora chega de melação, vem logo pra casa e não mexe nesse celular enquanto dirige.
- Ok, senhora! Beijos, até daqui a pouco.

Suspirei com a noticia, mas não esperava nada de diferente. Estava ali na sala brincando com Felipe por um tempo e pouco antes do Micael chegar eu subi pra dar banho nele.

- Titia? - O olhei esperando o resto da frase. - Vou ter que dormir antes do meu pai chegar?
- Não meu amor, está cedo, são apenas seis e meia. Só pra estar limpinho quando o papai chegar. - Ele sorriu.
- E antes de dormir eu vou ter que tomar outro? - Ele fez cara de reprovação e eu ri.
- Senhor Felipe, agua não mata. - Ele negou com a cabeça.
- Não gosto, titia. - Eu só ri e terminei o banho dele. Ouvimos um barulho lá em baixo e eu acho e peço a Deus que seja Micael, terminei de vestir o menino e quando nós descemos, ele estava sentado no sofá.
- Papaiii - Ele foi correndo e se jogou no colo de Micael, era lindo de se ver o amor entre os dois. Em pensar que a idiota da Luiza quase disse besteira.
- E aí, filho? Brincou muito hoje? - Ele assentiu. - Acho bom aproveitar, ano que vem já tem escolinha.
- Eu quero ir pra escola. - Disse sorridente.
- Quando tiver seus 13 anos, quero ver se vai me responder do mesmo jeito. - Ele riu.
- Oi, amor. - Cheguei mais perto e lhe dei um selinho.
- Oi, linda! Como foi o dia?
- Ah, esse menino fez companhia pra gente o dia todo. - Passei a mão na barriga e ele sorriu.
- Ainda passando muito mal? - Seu rosto mudou pra preocupado.
- Ah, nem tanto. Só quando eu tento comer qualquer coisa. - Eu ri e ele negou com a cabeça. - Vou no medico essa semana.
- Me avisa que eu vou com você.
- Ai, mas que marido atencioso. - Me sentei ao seu lado.
- Eu sei, sou o melhor que pode existir. - Dei um tapinha em seu ombro e rindo, nós começamos a dar atenção pro Felipe.

Eu fiz a janta e a servi, quando deu nove horas, pus Felipe na cama e nós subimos para o quarto. Micael foi direto pro banho e eu, como já havia tomado, me deitei na cama de camisola. Seu banho não demorou muito e ele saiu sorrindo.

- Você tá tentando o quê? - Me deixou confusa.
- Como assim?
- Gostosa desse jeito e só com esse pano fino tampando, está querendo me seduzir, Sophia? - Eu cai na gargalhada e puxei o edredom pra me esconder.
- Jamais tentaria tal coisa, imagino que deve ser muito difícil. - Ele colocou a mão no peito e fingiu que foi ofendido. - Vem logo pra cama e para de drama. - Disse ainda rindo
- Você é muito boba. - Me deu um beijo.
- Você é muito bobo. - Sorri. - Vai me contar o quão ruim foi aquela conversa? - Mudei de assunto e seu rosto se fechou em uma expressão nada boa.
- Jura? Não queria falar disso... - Deu de ombros.
- Mas eu quero saber. - Insisti.
- Estava tudo indo bem, ela até ficou emocionada quando viu aquelas fotos. Chorou. Mas quando eu pedi o divorcio, ela surtou e voltou a ser a Luiza que agora a gente conhece. Gritou, fez escândalo e disse que vai fazer o que puder pra infernizar a nossa vida.
- Credo. - Até me arrepiei. - Você não podia ter uma ex-mulher mais humana não? - Debochei.
- Ei, quando eu casei ela era humana. Como eu ia adivinhar que ia ficar assim? - Ele riu.
- Adivinhando, o errado foi você. - Eu ri.
- Ah, porque a senhorita tem um ótimo gosto pra namorados também. - Rolou os olhos e fez uma expressão engraçada.
- Bom, eu não vejo o Marco atrás da gente e querendo infernizar nossa vida. - Dei de ombros e ele ficou por um tempo sem resposta.
- Ridícula. - Eu gargalhei. - Se eu não tivesse pegado a Luiza não ia conhecer você. - Eu arregalei os olhos.
- Se você tivesse só pegado tava bom, mas tu inventou de casar. - Eu estava me sentindo leve, brincar assim com ele era bom demais, apesar do assunto nada legal. Estava engraçado.
- É que eu sou um homem direito, não pego ninguém por ai. - Fez cara de sério e mais uma vez eu gargalhei.
- E aquela ruiva que eu peguei no flagrante saindo daqui de manhã? - Ele ficou surpreso que eu ainda me lembrasse daquilo.
- A Carla foi um erro, culpa do Marlon. - Ele riu. - Me obrigaram a ir numa balada e me deixaram bêbado.
- Uhum, sei. - Fiz cara de desconfiada, mas no fundo estava achando legal. - Gosto de você bêbado, manda mensagem pra mim.
- Ai, nem me lembra disso. - Tampou o rosto com o edredom enquanto eu ria.
- Lembro sim, vem cá pra gente continuar essa conversa. - E então entrei debaixo da conversa e o vi se tocando. Meu estado de espirito mudou drasticamente de divertido pra safado. Ele olhou pra mim mordendo o lábio inferior e então minha mão tomou o lugar da sua e ele gemeu...
- Gostosa. - Se esforçou pra dizer e então se virou ficando em cima de mim e beijando meu pescoço.
- Te amo. - E mais uma vez, incansavelmente, nós fizemos amor.

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