Nova Chance - Capitulo 16

Os dois estavam sentados em um banco na praça. A praça era antiga. Se via isso nos bancos que tinham o branco em um tom de cinza, nos ferros enferrujados e no lago cheio de lixo. Os dois estavam em silêncio e olhavam um ao outro.

Sophia: - Por favor, seja rápido. Eu tenho que ir pra casa.
Micael: - Tudo bem. Sabe, eu nunca fui do tipo romântico que sonhava com a mulher certa e acreditava em paixão. Não estava nos meus planos me casar. Muito menos obrigado. E por mais que eu não goste da Laura, eu não quero magoá-la. Mas é impossível. Eu não a amo, não posso fazê-la feliz. Ainda mais agora que eu acho que estou descobrindo o verdadeiro significado de amar.
Sophia: - E por que vai se casar com ela então?
Micael: - Porque meu pai tá me obrigando.
Sophia: - E por que não diz a ele que não quer se casar?
Micael: - E você acha que eu já não disse? Meu pai é ambicioso e oportunista, Sophia.Não vai adiantar eu falar nada. Ele não vai desistir desse casamento.
Sophia: - Então foge.
Micael: - Não é tão fácil assim. Eu dependo do meu pai. Não trabalho, não tenho dinheiro guardado.
Sophia: - Queria ter um conselho sábio pra te dar, nas parece impossível.
Ela segurou as duas mãos dele.
Sophia: - Mas se quer saber eu acho que você deveria se casar com ela. Pode ser que você aprenda a amá-la um dia.
Micael: - Eu nunca vou amar a Laura. Ela é fútil demais, grudenta demais. Eu e ela nunca vai dar certo.
Sophia: - Se acalma. Vai dar tudo certo, eu tenho certeza. Você vai achar uma saída pra isso tudo.
Ela passou a mão no rosto dele, nivelando seus olhares. Micael deu um sorriso amarelo o qual ela retribuiu. Ele levou a mão até o rosto dela, segurando seu maxilar. E beijou-a. O beijo era terno e tinha mais algo ali. Paixão?! Talvez sim. Dessa vez Sophia não se afastou, pelo contrário. Naquele momento não era uma prostituta paga por ele e sim a Sophia. A Sophia doce, carinhosa, romântica. Separaram-se por falta de ar e se encaram. Sophia abaixou a cabeça. Estava vermelha.
Sophia: - Estamos procurando uma solução, não mais problemas.
Micael: - Desculpa. Mas talvez eu tenha encontrado a minha solução.
Sophia: - E qual seria ela?
Micael: - Eu preciso pensar antes. Depois conversamos.
Sophia: - Tudo bem.
Micael: - Até mais tarde. Se cuida.
Ele deu um beijo na testa dela e saiu andando. Sophia o olhou partir, ainda tentando se dar conta do que tinha acabado de acontecer. Micael chegou em casa e se jogou no sofá da sala. Estava confuso. Não sabia o que realmente sentia. Fechou os olhos se lembrando do beijo recente e sorriu. Estava conhecendo um outro lado da Sophia. Não aquela menina que leh deu um tapa na cara. Uma menina totalmente diferente. Ansiou tirá-lá daquele inferno que ela vivia. E pensou na ideia que havia tido. Balançou a cabeça espantando os pensamentos. Aquilo nunca daria certo.

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