Nova Chance - Capítulo 22

Duas mulheres conversavam na sala quando Sophia e Micael chegaram na casa dele. A primeira tinha pele morena e os cabelos pretos.
Seus olhos eram castanhos e expressivos, parecidos com os de Micael. A outra tinha cabelos castanhos claros, quase loiros, a pele branca e os olhos de um azul tão claro que parecia ser transparente. Sophia tremia ao lado de Micael. Sabia que ele havia conversado com sua mãe, não sabia o que ela havia falado, mas teve medo de não ser aceita.
Micael: - Mãe?!
A mulher morena se virou e sorriu.
Antônia: - Já chegou filho?
Micael: - Cheguei sim. Mãe, essa é a Sophia que eu te falei. Sophia, essa é Antônia, minha mãe.
Antônia se levantou e caminhou até os dois. Sophia se surpreendeu quando ela a abraçou. Retribuiu o abraço tomando cuidado com o braço quebrado.
Antônia: - É um prazer te receber aqui em casa, Sophia. Seja bem-vinda e faça dessa casa, sua casa.
Sophia: - Muito obrigada, Dona Antônia. Prometo não incomodar por muito tempo.
Antônia: - Fique o tempo que precisar, só não me chame de dona.
Sophia sorriu.
Sophia: - Obrigada.
Micael: - Oi tia Ana.
Ana: - Oi, Micael.
Micael: - Arthur veio com você?
Ana: - Não. Ele ia sair com alguém.
Micael: - Ah sim.
Antônia: - Venha comigo, querida. Vou te levar até um quarto.
Sophia assentiu e subiu as escadas atrás de Antônia. Micael veio logo atrás. Ela abriu a porta de um quarto grande e entrou. Uma cama grande estava no meio do quarto. Um armário ocupava toda a parede em frente a cama. Uma cômoda pequena ficava do outro lado, próxima a uma porta, que Sophia imaginou ser do banheiro.
Antônia: - Ali tem um banheiro e você pode colocar suas coisas aqui nesse armário e na cômoda.
Sophia: - Antônia, eu não quero atrapalhar. Você não tem um quarto menor, não?
Antônia: - Você é minha hospede. Vai ser tratada da melhor forma. Vou descer, porque deixei a Ana lá embaixo. Fica a vontade.
Sophia assentiu e viu a senhora sair do quarto.
Micael: - Gostou do seu quarto?
Disse aparecendo na porta, minutos depois da partida de Antônia. Sophia estava sentada na cama. Sorriu.
Sophia: - Amei. Obrigada por estar fazendo isso por mim.
Micael: - Não precisa me agradecer. Era o mínimo que eu podia fazer.
Sophia: - Não te entendo.
Micael: - Por que?
Ele se sentou ao lado dela, curioso.
Sophia: - Uma hora me maltrata, me humilha, pisa nos meus sentimentos e outra ta do meu lado, cuidando de mim, se preocupando comigo.
Micael: - Posso parecer sem coração, mas não sou. Eu  me importo com as outras pessoas. E eu gosto de você.
 Ele colocou a mão no queixo dela, segurado com carinho.
Micael: - E por isso me importo.
Ele foi se aproximando dela, que já estava de olhos fechados. Mas então ela se lembrou das palavras que ele tinha lhe dito dois dias atrás, no motel. O afastou de leve e virou o rosto.
Micael: - Que foi?
Sophia: - nada.
Micael: - Tem certeza?
Sophia: - Só não quero que me machuque de novo.
Ele abaixou a cabeça. Sabia do que ela se referia.
Sophia:!- Onde eu pego um ônibus por aqui?
Micael: - Pra que ônibus?
Sophia: - preciso ir em casa buscar algumas coisas.
Micael: - Te levo de carro.
Sophia: - Não precisa.
Micael: -  Faço questão.
Sophia: - Tudo bem. Então vamos logo que a essa hora meu pai não está em casa.
Ele assentiu e ela se levantou e lá se foram os dois. Realmente, era complicado. Até mesmo pra ele.

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