Medo de Amar - Capitulo 98


Tirou o short do baby-doll num segundo e no outro já estava sentada em Micael. Ele soltou um gemido alto, não esperava aquilo. Sophia era tão quente. Ele arrancou a blusa que ela vestia e seus seios balançavam livres enquanto sentava. Ela deixava Micael louco e não precisava fazer muito esforço pra isso.

- Eu não vou aguentar se você continuar assim. – Ele tinha os olhos arregalados, a loira sorriu e aumentou ainda mais o ritmo. – Sophia! – Repreendeu mais uma vez. Ela apoiou as mãos no peito de Micael e rebolou, ele não aguentou, soltou um urro tão grande e Sophia sabia que ele tinha gozado. – Puta que pariu. – Falou ofegante. – Isso foi uma puta covardia.

- Não gostou? – Desencaixou de Micael e correu para o banheiro. Ele ficou deitado com a mão na cara, tentando recuperar o fôlego. Cinco minutos passados e ele foi para o banheiro se lavar, Sophia estava saindo do banho quando ele entrou e deixou que a água quente o fizesse relaxar. A mulher tinha um sorriso o tempo todo, pendurou a toalha e foi vestir sua roupa.

- O que foi isso? – Micael perguntou quando voltou pro quarto e vestia o short. Pegou o celular e o colocou no criado mudo.

- Sexo. – Ela respondeu bem humorada.

- Larga de ser cara de pau, você me fez gozar em cinco minutos. Nem pode ser considerado sexo! – Reclamou e fez Sophia rir mais ainda.

- A culpa não é minha se você não aguentou a pressão. – Seguiu rindo e Micael estava com um bico imenso. – Desfaz esse bico ai, afinal você gozou e eu não, eu que devia estar de cara feia.

- Ah, agora vai jogar na minha cara que você não gozou? Foi você que não diminuiu o ritmo quando eu pedi. – Estava realmente revoltado e não tinha percebido a brincadeira de Sophia.

- Eu não sabia que você era rapidinho. – Brincou mais uma vez.

- Sophia! – Praticamente gritou. – Eu não sou rapidinho!

- Cinco minutos é o quê? – Gargalhou com a cara de decepção de Micael.

- Para de palhaçada, você sabe muito bem que apelou! – Cobriu a cabeça com o edredom. – Isso não é justo, você é mó gostosa e fica sentando daquele jeito, eu não consigo me controlar. – Se defendeu e ela não parava de rir.

- Amor, essa desculpa “você é muito gostosa” É a mais manjada do mundo. – Ela puxou o edredom. – Tem que ser mais original.

- O que eu posso fazer se é a verdade? – Ele se virou pra ela, agora com um sorriso no rosto. – Você é gostosa e traiçoeira, porque sabia que eu não ia aguentar e fez de propósito pra ficar me zoando ai.

- Como adivinhou? – Agora ele finalmente riu também. – Você estava apelando aí comigo e ia ficar me atormentando até sei lá que horas com o pau na mão.

- Você que mandou eu bater punheta, não pode me julgar! – Era sua vez de gargalhar. – Não é minha culpa se você não aguenta assistir.

- Cara de pau. – Se deitou mais perto e deu um beijo em Micael. – Eu amo você.

- Eu também amo você... – Começou outro beijo. – Muito.



No dia seguinte, os dois acordaram as nove da manhã e se dedicaram a terminar de pintar a parede pela manhã. O clima entre os dois estava ótimo, nem parecia que tinham estrelado uma puta briga na noite anterior.

- Micael, está escorrendo tinta branca ai! – Sophia repreendeu olhando a parede. – Assim vai ficar tudo cagado.

- Ei, confia em mim, é tinta branca, cobre fácil. – Ele avisou e Sophia deu de ombros, se o experiente tinha dito aquilo, quem era ela pra discordar.

- Só vai faltar esse aqui pra passar outra mão de tinta depois. – Ela falou olhando a parede com vários tons de azul e verde. – Até que ficou legal né?!

- Ficou sim, eu te falei que minha experiência não ia falhar. – Ele brincou e agarrou a namorada. – A gente tem talento.

- Convencido. – Lhe deu um beijinho. Saiu de perto e olhou o celular. – Amor, você não vai ir trabalhar? – Já passava das onze, ele já devia estar lá no restaurante.

- Não estou afim. – Deu de ombros e Sophia o olhou feio. – Nem me olha assim.

- Amor, você não pode deixar o seu pai na mão.

- Ele tem muita gente naquela cozinha pra conseguir manter o restaurante um dia que eu não for. – Caminhou até o sofá e se deitou com os olhos fechados.

- Você sabe muito bem a zona que fica naquele lugar quando não tem você lá. – Foi até a cozinha pegar um copo de água. – E você tem que ajudar, é o negócio da sua família, vai ser seu um dia. Todos os restaurantes.

- Você é tão puxa saco do meu pai. – Abriu os olhos e se sentou. – Eu não entendo porquê.

- Porque eu gosto da história dele, de como superou a ida da sua mãe, de como criou você, de como não deixou o restaurante ir pro buraco e ainda abriu em outros estados. Eu o admiro, coisa que você também devia fazer.

- Puxa saco, isso sim. – Ele deu um sorriso de lado. – Tudo bem, Sophia. Eu vou tomar banho, satisfeita?

- Bastante. – Caminhou até ele. – Mas não é pra chegar lá e brigar com ele de novo. Tá ouvindo?

- Estou, chata! – Gritou enquanto ia para o banheiro e arrancou risos de Sophia que se sentou no sofá e ficou esperando ele passar.

Sentiu o cheiro do sabonete e suspirou ao ver o namorado já pronto pra ir trabalhar, segurando a sua Dólmã como sempre, porque tinha um ciúme daquilo e não podia ter nenhum amarrotado.

- Um gato. – Ela disse do sofá e ele rolou os olhos com um sorriso. – E cheiroso.

- Nem passei perfume. – Ele ergueu a sobrancelha.

- E nem precisa. – Ficou de pé e foi se despedir. – Só o sabonete já é o suficiente. – Lhe deu um beijo e ele sorriu. – Eu amo você, bom dia de trabalho e não brigue mais com o seu pai.

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