- Eu acabei de falar de
confiança! – Se aproximou e lhe deu um beijo nos lábios, um beijo bem calmo. –
Eu te ligo. – Foi só o que disse antes de sair da casa da namorada e entrar no
carro. Dirigiu até sua casa com um sorriso que não saia do rosto. Se jogou no
sofá e tirou do bolso da frente o papel do teste. Ficou sorrindo olhando aquele
positivo, completamente amassado. Estava bem feliz, era realização de um sonho.
Seria pai.
Ele perdeu a noção do tempo
que permaneceu no sofá, tinha a televisão ligada, mas não conseguia prestar
atenção, sua cabeça estava a mil. Pegou seu celular e desbloqueou o número de
Sophia, sabia de cor. Discou e ficou aguardando que ela atendesse, quando sua voz
surgiu, seu sorriso aumentou ainda mais.
- Oi, Soph. – Ele estava
bem calmo. Sophia ficou surpresa ao ouvir a voz de Micael. A essa altura, só
Lua e Arthur permaneciam no quarto e no apartamento com ela.
- Micael? – Ela tirou o
telefone do ouvido e olhou o número que não estava salvo em sua agenda. – Está
me ligando? Sabe que agora todo esforço que fez pra esconder seu número de mim
foi para o ralo né?
- Nem fiz tanto esforço
assim. – Ele riu. Se levantou do sofá e foi até a cozinha, pegar água. – Como
você está? Quem ficou ai com você?
- Lua e Arthur, são sempre
eles. – O casal riu e Sophia não deixou de acompanhar. – A Mel e o Chay são
pessoas ocupadíssimas.
- Eu sei, se você
precisar... – Parou de falar, estava sem graça. – Eu posso ficar com você, algum
dia que a Lua e o Arthur precisarem.
- Ficar comigo? – Sophia
ergueu uma sobrancelha pra Lua. – Não, obrigada. – Ele sentiu uma tristeza
repentina. – Eu não quero você nem dentro da minha casa, quem dirá ficando aqui
comigo.
- Ei, como assim não me
quer dentro da sua casa? – Ficou um pouco chateado. – Meu filho está na sua
barriga, você vai ter que me aturar.
- A sua presença não me faz
bem, muito menos a da Fernanda, então, me liga que eu te conto como o bebê
está, e fica todo mundo feliz.
- Sem chance! – Se manteve
firme. – Eu já proibi a Fernanda de ir ai, mas eu vou. Não vou me afastar.
- Vai ficar difícil desse
jeito. – Já estava quase se dando por vencida. – A primeira gracinha que você
soltar eu nunca mais te deixo subir aqui, tá entendido?
- Sim, pode deixar. – Ela
sentia o sorriso na voz dele. – Vou desligar pra ir tomar um banho, se cuida. –
Desligou antes que tivesse resposta da mulher. Entrou no banho quente e com
certeza permaneceu bastante tempo ali embaixo do chuveiro. Vestiu uma cueca
box, foi preparar algo pra comer e voltou pra frente da televisão. Quase dez da
noite foi a hora em que ele se levantou pra escovar os dentes e ir para a cama.
Precisava descansar.
No dia seguinte ele
trabalhou mais animado do que nunca. Ele
cozinhava com tanta empolgação que surpreendeu até mesmo os ajudantes da
cozinha. Por volta de duas da tarde seu pai chegou e o chamou em sua sala, no
segundo andar.
Jorge estava pronto pra dar uma bronca em Micael por conta de ter sido tão relapso e irresponsável nos
últimos dias, mas acabou não conseguindo e sendo pego completamente
desprevenido pela notícia de que seria avô. Ele adorava Sophia, mesmo depois de
tudo que tivera feito a seu filho, não conseguiu deixar de sorrir e de dar
parabéns ao filho.
Por volta de seis da tarde
Micael finalmente pôde sair do trabalho, era hora do outro chefe assumir,
queria ver Sophia, precisava saber como estava. Não demorou a chegar na casa
dela, quem abriu a porta foi Chay. Os amigos se cumprimentaram e ele logo foi
atrás de sua loirinha, estava preocupado. Micael tinha feito uma ligação rápida
a Fernanda quando saiu do restaurante pra avisar que iria ver Sophia. A mulher
chiou, mas não foi de todo mal, ela acabou ficando feliz que ele realmente a
tivesse avisado.
E assim os dias foram
passando. Sophia agora já sem gesso no braço e sem dor nas costelas podia
respirar fundo e rir a vontade, mas ainda seguia com a recomendação de repouso.
Pelo menos o ginecologista que a estava auxiliando tinha liberado que ela se
levantasse pra ir até o sofá da sala, de vez em quando e isso já tinha a
deixado extremamente feliz.
O clima entre Sophia e
Micael não era o melhor do mundo, mas como ele tinha prometido, estava se
comportando e isso transformava a convivência agradável. Sophia tinha acabado
de entrar em seu terceiro mês, com pouco mais de doze semanas. Sua barriga já
com um pequeno relevo era acariciada o tempo todo por ela mesma, estava
apaixonada pela ideia de ser mãe, aquilo não podia ser melhor.
Na consulta em que Soph
recebeu autorização para ir ao sofá, o médico colocou o coraçãozinho do bebê
pra bater via sonar doppler. Era muito mais audível e Sophia não se aguentou e
chorou como uma criança sem doce. Segurou a mão de Micael e eles sorriram um
para o outro. Ambos viviam um momento único, e aquilo era incrível.
Douglas aparecia pra saber
de Sophia com muito menos frequência do que antes, visto que com todas as
visitas de Micael, ela tinha pedido a ele pra se afastar um pouco, não seria
nada bom que eles se cruzassem naquele apartamento.
Naquela tarde, nem Lua e
Arthur ou muito menos Chay e Mel poderiam ficar com Sophia. Ela ainda não tinha
pedido ajuda a mãe, adiava aquilo enquanto podia. Então, contrariando todo seu
instinto que agora se dizia imune a Micael, ela o chamou para lhe fazer
companhia aquela noite.
- Ei. – Ele disse animado
ao passar pela porta. Já passava das sete, ele tinha uma mochila nas costas e
parecia animado. – Você não devia atender a porta.
- E você pretendia entrar
como? – Ela caminhou de volta para o sofá. – Lua e Arthur tiveram que sair tem
quase uma hora, você que demorou.
- Eu mal cheguei e a pessoa
já segue brigando comigo. – Ele rolou os olhos, mas seu tom era de brincadeira.
Tirou a mochila das costas e se sentou no sofá.
Esses dois sozinhos não sei não em 👀👀👀
ResponderExcluirSerá que dá merda? Sim ou claro?
ExcluirCerteza kkkkkk
Excluirjá quero mais um capítulo
ResponderExcluirVai dá merda🤭😂😂😂
ResponderExcluirAH PELO AMOR DE DEUS
ResponderExcluir