- E eu tinha esquecido do
quão chata você é, Luinha. – Micael disse ainda sorrindo. – Será que dá pra
deixar a gente se curtir em paz?
- Olha como são dois mal
agradecidos. – Fingiu decepção. – Fiz de tudo pra vocês se entenderem e agora
eu sou chata. Tudo bem, se brigar de novo, eu não vou ficar armando
churrasquinho nenhum não hein. – Cruzou os braços e arrancou risada de Micael e
Sophia.
- Armando churrasquinho. –
Sophia repetiu a frase com deboche. – Que cara de pau.
- E não é verdade? – Ela
ergueu uma sobrancelha. – Armei um monte de rolês pra vocês se encontrarem.
- É verdade sim, meu amor.
– Sophia concordou. – E a gente quase se matou em todos eles. – Os três riram
dessa vez.
- O que importa é que um
deu certo, não é mesmo? – A dona dos cachinhos dourados deu de ombros. – Então
não me chamem de chata.
- Desculpa, Luinha. –
Micael pediu a mulher. – Melhor cupido que existe, melhor assim? – Ele
debochou.
- Para de debochar e diz
logo o que você veio fazer aqui? – Ele parou de rir, enfiou a mão no bolso e
tirou de lá uma chave com pompom cor de rosa.
- Vim trazer a cópia da
chave da Sophia, a gente não vai conseguir viver com uma só não. – Ele deu de
ombros e Sophia pegou a chave, passou o chaveiro com pompom na bochecha, amava
aquela textura suave.
- A cópia da chave da
Sophia? – Ela franziu a testa. – Vocês voltaram tem dois dias, é tão urgente
assim uma cópia de chave?
- Ah, eu esqueci de falar.
– Sophia sorriu ao contar a novidade. – A gente agora está morando junto. – Lua
arregalou os olhos e fez com que os dois rissem. – Um tanto quanto rápido não
é? A gente sabe.
- Não esperava por essa,
mas fico feliz por vocês! – Ela sorriu. – Mas ó, é pra casar com festa Micael,
minha amiga merece tudo do bom e do melhor e eu quero ser madrinha!
- Uhum, pode deixar. – Ele
assentiu. – A gente vai casar sim, um dia.
- Um dia uma ova.
- Lua, faz favor de não
apressar ainda mais as coisas? – Sophia pediu. – Você não já tinha que estar no
trabalho?! – Ela se virou para o namorado. – Já vai dar meio dia.
- Estou enrolando um pouco
porque vou sair de lá mó tarde. – Fez uma careta. – Meu pai precisa logo
resolver esse problema, eu fiquei até mais tarde um dia e já não aguento mais.
– Fez as meninas rirem.
- Sophia, eu preciso de um
favor agora. – Elizabeth chegou falando e parou ao lado de Sophia. – Antes que
você saia para o almoço!
- Pode falar. – Ela olhou a
chefe que tinha um papel na mão.
- Eu preciso que ligue pra essas pessoas. – Entregou o papel
a Sophia, ela passou o olho rápido e leu alguns nomes. – Quero todos aqui pra
ontem. Apareceu uma super campanha de perfume e eu preciso fazer um teste com
os que eu já conheço o trabalho e sei que é bom. Pode fazer antes do almoço por
favor? É pra tentar marcar pra hoje ás 14h. – Sophia balança a cabeça. – Lua,
de você eu preciso de outra coisa, pode vir comigo pra eu te mostrar? – Lua se
levantou e seguiu a chefe para alguma sala daquele imenso lugar.
- Que cara é essa? – Micael perguntou. – Muita gente pra
ligar? – Ela balançou a cabeça e ergueu a folha virada pra Micael.
- Olha só quem é a primeira da lista?! – Micael olhou com
atenção, mas logo riu. – Ei, isso não é engraçado, eu vou perder o meu emprego.
“Conheço o trabalho e sei que é bom”. – A loira debochou ainda mais.
- Para vai, tem cinco homens e cinco mulheres nessa lista,
nem vai demorar pra chamar. – Ele se mantinha bem humorado. – Você consegue
ligar pra Fernanda e trata-la com educação que eu sei.
- Micael, eu vou xingar aquela filha da puta de tudo quanto
é nome. – Rangeu os dentes. – Eu não posso simplesmente ligar pra ela e
convida-la pra um teste, eu não tenho todo esse sangue frio.
- Você gosta do seu trabalho? – Ele perguntou e segurou a
mão da namorada. – Se você realmente gosta daqui, você vai ter que fazer isso!
- Que inferno! – Reclamou e tirou o telefone do gancho com
raiva. – Vou ligar pra essa vagabunda logo e acabar com esse tormento. – Micael
ainda mantinha o sorriso enquanto via a namorada respirando fundo pra realizar
aquele telefonema. Ela digitou os números e aguardou por bastante tempo,
Fernanda atendeu quase que no último toque.
- Alô?! – Ela estranhou o número desconhecido. – Alô?! –
Chamou novamente por conta do silêncio de Sophia.
- Alô, boa tarde. – Forçou uma gentileza na voz. – Fernanda
Martins? – Perguntou, mas ela já tinha reconhecido a voz daquela mulher, a
reconheceria de longe.
- Sim, quem é? – Ela estava deitada no sofá com as pernas
para o alto.
- Sophia, da NewTop. – Se apresentou e na hora Fernanda riu.
- Sophia?! Já voltou a trabalhar, querida? – A falsidade
transbordava em sua voz. – Como você está e o Micael? – Sophia por instinto
olhou para o namorado, que se mantinha segurando a mão dela.
- Estou ótima, querida. – Forçou mais uma vez a gentileza,
mas qualquer um que ouvisse, saberia que não passava de fingimento. – Entrei em contato por conta de uma campanha, você tem interesse?
- Campanha de? – Ela perguntou, levemente interessada.
- Perfume. – Sophia queria evitar falar, mas precisava
encerrar aquela ligação de uma vez. – Alguns modelos foram selecionados para um
teste, você topa?
- Sim, a que horas? – Sophia respirou fundo.
- Hoje, ás duas. – Ela avisou e ouviu a confirmação do outro
lado da linha.
- Estarei ai. Até mais. – E a ligação finalmente foi encerrada.
Sophia colocou o telefone no gancho e abaixou a cabeça na mesa. Que tortura
tivera sido ligar praquela mulher.
- Eu não a suporto. – Rangeu os dentes.
- Já acabou, já foi. – Micael fez carinho em sua cabeça.
- Acabou nada, agora vem a pior parte, suportar ela aqui. –
Respirou fundo e voltou a olhar a lista. – Vou terminar de ligar pra essas
pessoas, porque eu estou morta de fome já.
Eu tô sentindo que essa Fernanda vai aprontar com soph
ResponderExcluir