- Eu tenho medo de você,
Lua. – Mel comentou rindo. – Juro que tenho pena desse bebê.
- Ei, eu não sou tão ruim,
mas já tem meses nesse drama, me irritou.
- E será que se entendem? –
Arthur chegou perto e abraçou a esposa por alguns instantes.
- Ou se entendem, ou se
matam. – Ela deu de ombros. – Essa conversa tem que ser a definitiva.
- Você realmente está
pensando em ir embora? – Micael quebrou o silêncio. Sophia ergueu uma sobrancelha,
ele ainda mantinha os olhos fechados, como sabia que era ela?
- Sim. – Suspirou. – Vai
ser melhor pra nós dois.
- E por quê? – Abriu os
olhos e se sentou. – Me diz como vai ser melhor você ficar em outro estado?
- A gente não consegue se
entender, Micael. – Desviou os olhos. – Brigas o tempo todo e cada hora por uma
besteira diferente.
- Talvez eu seja um pouco
difícil, mas eu não quero que você vá embora. – Era complicado admitir.
- Um pouco difícil? – Ela
sorriu. – Você é impossível. Já tentei acertar tudo com você tantas e tantas
vezes.
- Toda vez que eu pensava
em deixar tudo pra lá você aparecia com aquele cara.
- Para, deixa o Douglas
onde quer que ele esteja. – Rolou os olhos. – Isso não tem mais a ver com ele,
tem a ver com nós dois.
- Sempre vai ter a ver com
ele.
- Claro que não, ele já se
afastou de mim. – Bufou. – Você disse que íamos tentar, você disse que teríamos
uma conversa, mas você sumiu! Cinco dias sem a droga de um telefonema.
- Eu entrei no seu quarto e
vi você agarrada naquele cara de novo! – Se defendeu. – Será que você não
percebe que isso é uma merda de situação. Que não existe confiança o
suficiente?
- Era um abraço de
despedida, ele ficou do meu lado durante momentos importantes enquanto
estivemos separados. Foi a droga de um abraço.
- Foi a droga de um abraço
no cara com quem você me chifrou durante meses. – Os dois ficaram em silêncio.
Sophia ficou de pé e balançou a cabeça.
- Quer saber, é melhor eu
ir embora de uma vez! – Saiu de perto de Micael, mais lagrimas escorriam por
seu rosto. Ele ficou sentado por alguns segundos depois que a loira saiu
correndo, em seguida ele levantou e foi atrás. Não podia deixar que ela fosse
mesmo embora pra São Paulo, podia? – Foi uma péssima ideia. – Sophia fungou e
começou a juntar as coisas. – Eu não sei pra que eu te escuto, Lua. – Vestiu a
camisa.
- Ei, espera ai. – Ela
pediu enquanto olhava a mulher juntar tudo bem rápido. – O que foi que rolou?
- Eu preciso mesmo contar o
que rolou? – Lua não respondeu, Sophia colocou a bolsa de lado. – Depois a
gente se fala. – Secou as bochechas com as mãos antes de se virar pra sair
dali.
Micael alcançou Sophia
quando ela estava quase fora de vista dos amigos, que ainda se perguntavam o
que tinha realmente acontecido com os dois. Lua sorriu quando viu o moreno
passar correndo por eles. Ele puxou o braço de Sophia e a fez virar.
- Não vai pra São Paulo,
por favor? – Ele tinha o olhar fixo no de Sophia. – Eu não suporto a ideia de
não ter você aqui. – Ela balançou a cabeça. Os amigos olhavam esperançosos, e
um tanto curiosos, já que não conseguiam ouvir o que era dito. – Mesmo que seja
pra brigar o tempo todo.
- Mas eu não quero mais
brigar o tempo todo. Está me desgastando. – As lagrimas voltaram rolar mais
fortes. – Eu amo você mais do que qualquer coisa no mundo. Essa situação está
acabando comigo. – Soluçava de tantas lagrimas. Micael soltou seu cotovelo e a
abraçou. Conseguia sentir as lagrimas quentes em sua pele.
- Eu também amo você. –
Beijou sua cabeça. A cara de Lua naquele momento era impagável. – Me desculpa
por ser tão difícil. – Ela balançou a cabeça. Estava feliz ali onde estava, não
queria falar nada, não queria se mexer, estava no melhor lugar do mundo. – É
que eu... não sei explicar.
- Não importa. – Seu som
era abafado pela pele de Micael. – A gente se ama, isso que importa. – Ele a
tirou do colo e tentou secar as lagrimas com os polegares.
- Então para de chorar. –
Ele riu. – Não tem porque ficar chorando.
- Eu não consigo controlar
isso! – Bufou. E o sorriso de Micael se abriu ainda mais. – Para de rir de mim.
- E quem disse que eu estou
rindo de você? – Ele colocou a testa na dela, pouco tempo depois o beijo foi
iniciado. Eles mal tinham começado quando ouviram os amigos gritando e batendo
palmas. Eles pararam e olharam na direção dos quatro. – Lá se foi o sigilo que
eu queria antes.
- Eles já perturbavam
antes, agora então. – Voltaram a se encarar, ainda com as testas coladas.
- Então vamos sacanear
eles?! – Perguntou com um sorriso maldoso e a loira assentiu. Micael voltou a
beijar Sophia, ergueu ela do chão e a mesma enlaçou as pernas em sua cintura. O
moreno a imprensou na parede. O beijo não cessou em nenhum momento. Eles
arregalaram os olhos e correram pra perto.
- Que porra é essa?! – Lua
brigou, mas nenhum dos dois parou. – Se vocês não pararem com isso eu vou ser
obrigada a separar vocês com água.
- Não sabe o que quer hein,
Lua! – Micael descolou de Sophia e a colocou no chão, na frente dele,
escondendo o volume em sua sunga.
- Não precisam fazer sexo
aqui. – Ela continuou reclamando, mas os dois riam. – Ainda mais na nossa
frente.
Agora sim,meu casal❤❤
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