- Eu estou um caco. – Ele
falou enquanto se espreguiçava. – Sophia tem que parar de vir pra hospital.
- Não acredito que terão
outras vezes. – Micael deu de ombros, não desgrudava os olhos de Sophia e sua
respiração calma.
- Vou buscar um café, você
quer? – Ele olhou desconfiado, com uma sobrancelha arqueada. – Que foi? Eu não
vou botar veneno não.
- Tudo bem. – Douglas
assentiu e saiu do quarto rumo a cafeteria.
Micael ficou de pé e se
aproximou da cama, fez carinho nos cabelos de Sophia novamente. Observou a
mulher forçar os olhos e logo em seguida abri-los. Não demorou a se acostumar
com a claridade, se ajeitou na cama. Sentia sua boca seca.
- Micael? – Ela focou no
homem a sua frente. Ele tinha a expressão triste, não sabia como dar a ela
aquela triste notícia. – O que você está fazendo aqui...? – Perguntou, mas em
seguida olhou o quarto branco e toda a tarde passada veio como um flash em sua
cabeça. Seus olhos se encheram de lagrimas e suas mãos pousaram na barriga,
agora sem o mínimo relevo. – O meu bebê. – O fluxo de lagrimas aumentou mesmo antes
que ele falasse qualquer coisa.
- Ele não resistiu... – Foi
só o que disse, não tinha chorado antes, mas agora vendo o estado emocional em
que Sophia se encontrava, não resistiu e chorou junto com ela. – Ele foi forte.
– Colocou a mão em cima da dela. – Mas não deu.
- Eu não acredito que perdi
o meu bebê. – Ela resmungava. – Era tão novinho. Era a Malu...
- Ei, fica calma. – Ele
usou a mão livre pra secar o seu próprio rosto. – Você é jovem, linda e
saudável. Vai engravidar de novo. – Sophia mal conseguia enxergar por baixo de
tantas lagrimas.
- Não de você. – Foi o que
respondeu e Micael desviou o olhar dela.
- O que foi que aconteceu?
– Sabia que não era o momento, mas precisava daquela resposta. – Eu deixei você
bem de manhã, você disse que ia chamar o Douglas pra te fazer companhia e ai
tudo isso aconteceu, eu não entendo.
- Fernanda apareceu no meu
apartamento. – Disse o nome com o máximo de rancor possível. Micael prendeu a
respiração. – Eu não lembro de tê-la convidado, mas ela entrou. Me disse um
monte de coisas, me deu um monte de ordens.
- Como assim? – Franziu a
testa.
- Me disse pra ficar longe
de você, proibir você de ir lá pra casa. – Fez força pra lembrar dos detalhes.
– Disse que tinham voltado e que não era pra atrapalhar. Ela me empurrou contra
parede e eu senti uma dor forte quase que na mesma hora. Pedi a ela que me
ajudasse.
- E ai? – Ele custava a
acreditar, sua raiva aumentava a cada segundo.
- Ela disse “Se vira.” –
Sophia contava aquilo com pesar. Tinha tanto ódio da mulher, que assim que a
visse, ela com certeza mataria aquela infeliz de porrada. – E foi embora.
- Eu vou matar ela. –
Rangeu os dentes e Sophia arregalou os olhos. – Ela não tinha esse direito.
- Você deu a ela esse
direito quando voltou com ela. – Disse entredentes e Micael ficou mudo, só
queria seu bebê de volta. – Cadê o pessoal?
- Douglas não os avisou,
nós achamos melhor falar com você antes. – Sophia franziu a testa, nunca tinha
visto Micael falar de Douglas sem raiva na voz. – Não queríamos encher o quarto
antes de te dar a notícia.
- Engraçado você falando do
Douglas como se tivesse conversado decentemente. – Ela sorriu em meio as
lagrimas, Micael deu de ombros.
- Não é como se fôssemos
amigos, mas trocamos algumas palavras sobre você enquanto dormia. – Ela olhou
ainda mais surpresa. – Que foi? Ele tentou ajudar vocês dois, eu precisei
agradecer.
- Estou chocada com a sua
maturidade, Borges. – Ela se ajeitou um pouco mais na cama. Ele não teve tempo
de responder, Douglas passou pela porta com um copinho de café e o entregou a
Micael. – Eu estou em algum universo paralelo, com toda certeza.
- Que bom que está
acordada! – Douglas ignorou o comentário de Sophia, se aproximou e lhe deu um
beijo na testa. – Como está se sentindo?
- Fisicamente ou emocionalmente?
– Não demorou a voltar a chorar, não seria muito diferente disso naqueles
primeiros dias. – Péssima nos dois. – Eles se olhavam, Micael se sentiu muito
incomodado ali naquele quarto.
- Sua mãe ligou pra você. –
Os dois arregalaram os olhos e deixaram o rapaz sem entender. – Seu telefone
ainda tinha um pouco de bateria, ele tocou e eu atendi.
- Você não contou pra ela
que eu estou aqui, contou? – Sophia ergueu uma sobrancelha.
- Contei ué, é a sua mãe! –
Ele realmente não via mal nisso. – Você até ia chama-la pra ficar com você.
- E não chamei por um
motivo. – Encarou o rapaz. – Minha mãe é insuportável. Ela age como se eu
tivesse quatro anos e não soubesse fazer nada!
- Boa sorte com isso. –
Micael fez uma careta. – Você vai precisar.
- Gente, ela não pode ser
assim tão ruim. – Ele prendeu o riso. – Não é possível.
- Pois é, se tem uma coisa
que ela é, é impossível. – Micael bufou depois olhou Douglas. – Cuida dela por
favor, eu preciso resolver umas coisas.
- Resolver umas coisas? –
Sophia ficou brava. – Você vai atrás daquela vagabunda!
- Ei, relaxa. – Pediu,
fazendo de tudo pra manter a calma.
- Relaxa nada. – Sentou-se
imediatamente. – Aquela mulher matou o nosso bebê, ai você vai me deixar aqui
pra ir atrás dela?! Você é inacreditável.
- Ela é minha namorada
ainda. – Tentava manter toda a fachada de calmo, mas fervilhava por dentro. –
Eu tenho que resolver as coisas com ela. – Sophia arremessou o travesseiro
nele. – Se acalma, por favor. – Jogou o travesseiro de volta na cama, assentiu para
Douglas e saiu rumo ao estacionamento do hospital.
- Eu não estou acreditando
numa coisa dessas! – Resmungou e viu o ex-amante rir. – Do que inferno você
está rindo?!
- Vai brigar comigo também?
– Ele arrumou o travesseiro atrás de Sophia. – Você está dando esse chilique ai
por que?
- E você precisa de motivo?
– Se deitou, com as mãos na barriga. – O meu bebê morreu, ele devia ficar
comigo e não ir atrás daquela bruaca. Certeza que foi agradecer por ela ter se
livrado do meu filho.
- Para de falar besteira. –
Tentou secar o rosto da loira mais era impossível. – Micael passou a noite toda
transtornado porque você balbuciou algumas palavras, incluindo o nome da
Fernanda. Ele quis sair daqui de madrugada, eu não deixei por que você ia
precisar dele aqui quando acordasse, ele concordou em esperar.
- O que você quer dizer com
isso?
- Quero dizer que ele não
deve ter ido atrás dela comemorar nada, palhaça. – Tocou seu nariz. – Se ele a
esganar vai ser pouco, ele estava muito revoltado. Fez toda essa ceninha aqui
porque ele gosta de implicar com você.
- E você pelo visto está
sabendo demais, não é? – Cruzou seus braços.
- Foi uma noite tão longa,
meu amor. – Ele sorriu. – Deu pra perceber muita coisa.
To começando a shippa Sophia com Douglas me julguem
ResponderExcluirEu tbm shippo os dois 🤣🤣🤣
ExcluirVc não caah, pelo amor de Deus 😂😂😂😂😂😂
ExcluirÉ mais forte que eu Karlinha 🤣🤣
ExcluirO meu Deus 😱😱😱😱
ExcluirSerá que depois disso tudo os dois se acertam 🤔
ResponderExcluirNão kkkk
ExcluirCaah do céu, não brinca assim com o meu coraçãozinho por favor
ExcluirEu juro que ta perto kkk
Excluir