- Tudo pronto, pra qual
endereço devemos mandar o teste? – O mais alto perguntou.
- Pro meu. – Micael estava
prestes a falar, mas foi interrompido por Sophia.
- Não, manda pra cá mesmo.
– Ela pediu com a voz baixa, mas agressiva. – Eu quero ver a sua cara de idiota
quando abrir esse envelope.
- Você é tão confiante, nem
parece que tinha sei lá quantos amantes por ai. – Fernanda não conseguiu manter
a língua dentro da boca e recebeu um olhar fuzilador de Sophia e de Lua.
- Ah, pronto. – Encarou a
amiga. – A minha casa virou bagunça.
- Você ficou louca,
Fernanda? – Lua tomou a frente. – Olha lá como você fala com a minha amiga!
- Eu falo do jeito que eu
quiser. – Ela falou alto, e irritou ainda mais a baixinha dos cabelos
cacheados. – Ela não se deu ao respeito ai agora quer pagar de vítima, não
aguento esse showzinho.
- Perdeu a noção. – Lua
avançou pra perto da menina, mas Arthur a parou, lembrando-a de que também
estava gravida. – Sai daqui.
- Com quantos dias entregam
os exames? – Micael perguntou a um dos enfermeiros.
- Dois dias. – A resposta
curta veio aliviando os dois.
- Ótimo, daqui a dois dias
nós voltaremos. – Ele avisou e saiu junto com os enfermeiros. Sophia respirou
fundo, forçando as costelas.
- O Micael fica um escroto
quando está perto dessa fulaninha. – Lua disse revoltada no quarto, depois de
ter ido passar a chave na porta. – Nem parece a mesma pessoa que veio aqui
naquele dia.
- Pois é. – Sophia
acariciava a barriga lisa. – Ele nem parece que um dia gostou de mim. Como eu
disse na festa, estou tão cansada de me humilhar, de ouvir ele me humilhando...
- Ele vai voltar pra
casinha quando ver o resultado do teste. – Arthur tentou consolar a amiga. – E
a Fernanda não vai ter muito o que fazer também.
- Eu não quero mais ele
aqui. – Tomou a decisão com os olhos marejados. – Ele vem no dia de abrir o
teste e depois eu quero distância.
- Mas, Sophia... – Lua
pensava em como articular aquela frase. – Ele é pai do bebê, vai querer
acompanhar a sua gravidez.
- Lua, eu não quero. –
Recostou na cama. – Ele me estressa e me magoa, eu só quero uma gestação
tranquila. E tem mais uma coisa.
- O quê? – Estavam
curiosos.
- Até esse bendito teste
chegar, eu não quero nenhum de vocês dando informação de como eu estou pra ele.
– Ela decretou. – Nada, nem se eu morrer é pra avisar.
- Mas por que isso? –
Arthur não entendia. – Ele se preocupa com vocês.
- O que você viu aqui
parecia preocupação? – Gesticulou para a porta. – Que ele morra de preocupação,
não é pra falar um ai de mim!
- É a Fernanda que
manipulou ele, com certeza. – Lua deu de ombros. – Em pensar que ela chegou de
mansinho se fingindo de amiguinha de todo mundo.
- Pois é, até comigo mesma,
a gente conversou, a gente se entendeu e agora ela me vem com essa. – Estava
revoltada.
- Não tem como se entender,
vocês duas são apaixonadas pelo menos homem. – Arthur verbalizou e Sophia o
olhou incrédula.
- Eu não sou apaixonada por
ele, eu o amo. – Ela apontou pra porta. – E é justamente por isso que eu quero
longe, porque o meu bebê é mais importante do que tudo. Eu não vou perder o meu
bebê por causa deles.
- Está certa. – Lua segurou
sua mão. – Pode deixar que eu vou te apoiar.
Os dois dias passaram
arrastados pra Micael que estava no escuro em relação a Sophia, já que nenhum
de seus amigos lhe dava notícias. Ele nunca quis tanto que o tempo passasse,
precisava tirar esse peso das costas, essa dúvida que pairava sobre si. Só não
tinha certeza ainda se ficaria mais feliz com resultado negativo ou positivo.
Quando o resultado chegou,
Lua pegou a carta e entregou a Sophia, que decidiu que não abriria, pra depois
não ser acusada de falsificar o resultado. Ela pediu pra chamarem Micael, e não
perdeu tempo e ligou para Douglas, era importante que estivesse ali naquela
hora, afinal, ele também tinha dúvidas.
E no final das contas a
casa estava cheia quando Micael chegou acompanhado da namorada. Sophia fez uma
careta ao vê-los, mas não foi nada se comparado a cara que Micael fez ao ver
Douglas sentado na cama, conversando com Sophia. Aquilo tinha lhe fervido o sangue,
mesmo que estivesse acompanhado.
- Finalmente. – Ela forçou
um sorriso, mas a verdade era que não estava nem um pouco a vontade com aquela
situação. Douglas levantou da cama e ficou de pé junto com Lua e Arthur. –
Pensei que não ia chegar nunca.
- Você transformou isso
aqui num evento? – Fernanda debochou. – “Quem será o pai do bebê?”
- Eu sei muito bem quem é o
pai do meu filho. – A voz dela era seca. – Não preciso de teste nenhum pra
saber.
- É o que vamos ver. – As
duas mulheres não paravam de se encarar. Micael colocou a mão na barriga de
Fernanda e a empurrou pra trás.
- O que conversamos? – Ele
falou baixo, a mulher cruzou os braços e em nenhum momento desfez a careta. –
Cadê o resultado? Vamos acabar logo com isso! – Sophia ergueu o envelope
lacrado e sorriu a Micael. Estava se divertindo com aquilo, já que tinha
certeza.
O silêncio reinou no quarto
enquanto o moreno abria o envelope, momentos de agonia pra Fernanda e para
Douglas. A demora com que Micael desdobrava o papel os estava incomodando. Ele
começou a ler as muitas palavras que tinha naquele papel timbrado, mas não
entendia muita coisa, quase no final da página, apareceram as palavras que se
lembraria pra sempre. Positivo.
Aquilo ecoou na mente de
Micael por alguns segundos e ele não disse a ninguém o resultado. Ele tinha os
olhos marejados, estava feliz, por mais que o bebê tivesse vindo no meio de
tanta confusão. Era seu filho, era seu tão sonhado filho com Sophia.
Fernanda impaciente se
remexeu ao lado dele, tentando enxergar o que estava escrito no papel, mas não
conseguia porque Micael já o tinha dobrado.
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Atendendo pedidos...
Micael se livra dessa Fernanda que ela é um atraso na tua vida
ResponderExcluirVocê não imagina o quão certa está!
ExcluirJá tô com ranço dessa Fernanda, quero vê a cara dela quando descobri que o bebê e do mika
ExcluirPosta maisss❤❤❤
ResponderExcluirto completamente apaixonada!!! Muito obrigada por postar mais um capítulo
ResponderExcluir:) Sempre que puder!
ExcluirEU NAO TO ACREDITANDO.
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