- Douglas, depois dessa eu
acho melhor você ir. – Sophia pediu com a voz baixa. – Você claramente
exagerou.
- Esse cara esse cara chega
aqui te tratando mal pra cacete e não aguenta ouvir uma provocaçãozinha? –
Ergueu uma sobrancelha, Micael ouviu aquilo se irritando ainda mais. – Eu não
tenho sangue de barata!
- Tá bem, será que a gente
pode conversar depois? – Ela pediu novamente. – Quando tudo se acalmar? – O
rapaz assentiu e ia se despedir de Sophia com um beijo no rosto, mas seu celular
vibrou no bolso e ele pediu a loira um segundo.
- Ei, Fernanda. – Fez
questão de dizer o nome alto. Douglas ainda ia matar Micael do coração naquela
tarde. – Se eu posso encontrar com você? Claro, por coincidência do destino,
acabei de ficar livre.
- Se controla, Micael. –
Arthur disse por entredentes. – A Sophia não pode com isso tudo de confusão. –
O moreno não respondeu, não tirava os olhos de Douglas falando ao celular.
- Tá bom, vai lá pra casa
que eu estou indo já. – Se despediu.
- A Fernanda vai pra sua
casa? – Ele não se aguentou e deu uns passos pra perto de Douglas de novo. – O
que ela vai fazer na sua casa?
- E por que eu te contaria?
– Balançou a cabeça. – Tchau, meu amor. – Encheu a boca pra falar com Sophia. –
Eu te ligo depois pra saber como que você está. – Sophia assentiu e lhe deu um
abraço. Esperou por um beijo na bochecha, mas surpreendendo todo mundo, Douglas
lhe roubou foi um beijão na boca. Ela não o empurrou, Micael não tinha
palavras. – Tchau, Lua e Arthur. – Ergueu uma mão e sorriu ao casal. – Passe
bem, Micael. – Se despediu dele e saiu calmamente da sala.
- Esse cara só pode estar
de brincadeira com a minha cara. – Disse com raiva. Sophia voltou a se sentar,
respirou fundo.
- Dá um tempo, Micael. –
Ela pediu.
- Vocês dois estão
namorando? – Estava enciumado. – Porque foi o que pareceu.
- Não, Micael. – Rolou os
olhos. – Nós somos apenas dois bons amigos!
- E você costuma beijar os
seus bons amigos na boca desse jeito? – Ela o encarou. – Vocês são amantes.
- Nós já fomos amantes,
isso já faz meses. – Rolou os olhos. – Agora somos bons amigos.
- Não fode, Sophia. –
Brigou novamente, mas Sophia seguia plenamente calma. – Vocês ainda ficavam
rindo de mim. Eu sou frouxo? – Estava indignado que ela pudesse falar isso
dele. – Mole? – Sophia riu, e arrancou risadas dos amigos também. Micael olhou
feio para todos. – E qual é a graça?
- Ele estava inventando
tudo né, Micael. – Lua não conseguia cessar os risos. – Claramente, eu não acho
que a Sophia tenha usado em algum momento aquelas palavras pra te descrever,
pode até ser que tenha comentado o problema de vocês, mas se ela não usou
“mole” pra mim, porque usaria pra ele?
- É logico que inventou,
ele só queria te provocar. – Arthur completou. – E você caiu como um patinho.
- E também duvido que a
Fernanda tenha ligado pra ele. – Micael ergueu uma sobrancelha se achando um
trouxa. – Tem algum tempo que ela não faz isso.
- Mas o beijo que ele te
deu foi de verdade. – Rangeu os dentes e Sophia deu de ombros.
- Eu sou mulher e tenho as
minhas necessidades.
- Você não vai suprir as
suas necessidades com aquele imbecil. – Ela o olhou achando graça. – Não com o
meu filho na sua barriga.
- Gravidez gera tanto
hormônio, Micael. – Ela comentou. - Eu preciso libera-los de alguma forma.
- Só pode ser brincadeira
sua, você está me trollando também. – Negou com a cabeça repetidas vezes. – Não
pode estar dizendo na minha cara que vai voltar a transar com aquele cara.
- Quem sabe né?! – Cruzou
os braços. – Acho que não é da sua conta.
- Sophia! – Queria ter
argumentos, mas realmente não era da conta dele.
- Micael! – Falou no mesmo
tom. – Você tem que ser um pouquinhos mais agradável. Você está insuportável.
- Por que eu estraguei o
joguinho de vocês? Porque são todos amiguinhos agora? – Ele debochava. – Me
desculpa então.
- Não é por nada disso, é
só que você está chato. – Lua respondeu antes de Sophia. – Douglas é gente boa,
por mais que custe a admitir isso pra você. Pelo menos com ele a gente consegue
se divertir.
- Eu não acredito que você
está me dizendo uma ciosa dessa. – Estava indignado.
- Talvez você devesse rever
seu jeito. – Sophia voltou a falar. – Porque desse jeito tá bem difícil. Você
não pode estar com raiva de sei lá o que e descontar em mim. A única coisa que
eu tenho a ver com você, é esse bebê.
- Também não é assim. – Ele
baixou o tom de voz.
- É claro que é. – Mais
fria do que nunca. – Você não quis ficar comigo, não quis me perdoar, não pode
ficar com ciuminho de mim. Fica fazendo ceninha com ciúme de nós duas, isso não
existe.
- É complicado. – Coçou a
cabeça. – É muito complicado.
- Então não se mete na
minha vida, você escolheu ficar com ela, você trocou de telefone duas vezes pra
eu não te ligar, ai agora, a essa altura do campeonato você vai vir aqui dar chilique
porque eu beijei outra pessoa? – Estava brava. – E falar que vai tirar o meu
filho de mim, que pra mim foi a pior coisa que você fez hoje. – Ele ficou mudo.
– Será que pode ir embora?
- Você realmente quer que
eu vá embora? – Ele ergueu uma sobrancelha. – Está me botando pra fora?
- Eu não posso me estressar
e a sua presença aqui só faz isso comigo! – Desabou no sofá novamente. – Eu
prefiro ficar com o meu bebê e meus amigos. – Antes de ouvir a resposta, as
luzes se apagaram, junto com cada eletrodoméstico daquele apartamento. Sophia
botou a mão no peito com o susto que levou.
- Que merda aconteceu? –
Micael falou indo até a cozinha, abrindo a segunda gaveta do armário que sabia
que tinha vela. Acendeu com um isqueiro e colou a vela num pires. – Faltou luz
no prédio todo? – Colocou a vela na mesinha de centro e foi olhar pela janela,
tudo normal. – Ué, foi só aqui? – Franziu a testa e olhou pra Sophia.
- Sophia, você pagou a
conta de luz? – Lua perguntou brava com as mãos na cintura. – Pagou?
Micael com ciúmes é hilário kkk
ResponderExcluirCaloteiraaaaaaa
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