- Ele disse que você
conversaram sobre mim. – Estava curiosa. – Sobre o que falaram?
- Ih, que fofoqueira! – Ele
brincou e por alguns instantes arrancou um sorriso de Sophia. – Eu disse a ele
que você o amava.
- É o quê? – Arregalou os
olhos. As lagrimas tinha cessado momentaneamente. – Por que você fez isso?
- Porque eu quero ver você
feliz, ué. – Suspirou. – E você não vai ficar comigo né?
- Douglas...
- Tá, eu já sei... – Ele
rolou os olhos. – Eu vi sua foto de fundo, eu vi
o nome que você deu ao contato dele. Por mais que você brigue e diga que não
quer mais vê-lo, é mentira.
- Ei, não era pra você ter mexido
nas minhas coisas. – Um bico tinha se formado em sua boca.
- Eu precisava avisar o
Micael, e eu não tenho o número dele. Eu só quero você bem! – Segurou em sua
mão. – Não fiz por mal.
- Não consigo entender
você! – O encarou. – Por que faz todas essas coisas?
- Eu já disse que é porque
eu te amo. – Suspirou. – Quando eu recebi a notícia e fiquei aqui com você, eu
confesso que cheguei a pensar que agora que não tinha mais vinculo nenhum com
ele, pudéssemos ficar juntos, eu podia até te dar um bebê se você quisesse. –
Sophia o olhava curiosa, atenta a cada palavra. – Tudo passou quando eu
desbloqueei seu celular e li o nome do contato dele. Você nunca vai esquecer
esse cara, mesmo ele falando e fazendo tudo o que fez.
- Tudo isso foi porque ele
está com raiva de mim, por eu tê-lo enganado. Ele não é daquele jeito. – Ela se
sentou novamente e abraçou Douglas. – Obrigada por tudo, eu não mereço você.
- Eu sei, eu sou um pau
mandado! – Os dois sorriram. – Só de conseguir colocar um sorriso em seu rosto por
alguns segundos eu já fico feliz!
Micael decidiu que ia
passar em casa pra trocar de roupa e tomar um banho antes de ir até a casa da
Fernanda, ele precisava de um tempo pra pensar no que fazer e juntar bastante
paciência pra não voar no pescoço dela.
Abriu a porta e a fechou
abruptamente, estava com uma certa pressa, queria voltar para perto de Sophia o
quanto antes. Se surpreendeu ao ver Fernanda dormindo em sua cama, teve raiva
ao ver o quão serena e tranquila ela parecia. Definitivamente, daquela conversa
não sairia nada que prestasse.
Micael bateu palmas pra
acordar a mulher, ela se remexeu na cama, mas não acordou. Ele chegou mais
perto e puxou seu edredom. Ela acordou com um susto, coçou os olhos e sorriu ao
ver o namorado.
- Ei, eu estava preocupada
com você. – Se levantou e caminhou até ele para lhe dar um abraço. – Você
chegou só agora? – Olhou em volta e percebeu que já havia amanhecido. – O que
aconteceu?
- O que você está fazendo
na minha casa? – Ele mantinha a raiva controlada. – Será que eu posso saber?
- Eu vim fazer uma surpresa
pra você. – Franziu a testa não entendendo do que se tratava. – Eu cheguei aqui
um pouco antes do seu horário de trabalho acabar. Por que está tão bravo?
- Fernanda, eu vou
perguntar só uma vez? – Respirou fundo. – O que você fez depois que eu sai do
seu apartamento ontem?
- Ei, que interrogatório é
esse? – Se fez de brava. – Você chega de manhã em casa e ainda vem brigar
comigo?
- Aonde você foi?! – Ela
ficou em silêncio. – Responde!
- Eu sai, comprei umas coisas
pra fazer nosso jantar e vim pra cá. – Tentou mentir. – Pra que essa grosseria
toda?
- Não mente pra mim! –
Estava transtornado. – O que inferno você tinha que ir fazer no apartamento da
Sophia? – Ele colocou as mãos em seus braços e chacoalhou a mulher. – Responde
essa porra, Fernanda.
- Me larga! – Ela se
afastou. – Eu só fui conversar com ela, nada demais. – Ela cruzou os braços. –
Você passou a noite com ela de novo?
- Passei sim. – Faltava
pouco pra ceder a vontade de apertar o pescoço da namorada.
- Você me traiu de novo? –
Lagrimas escorreram e Micael bufou ao ver aquilo. – Você ficou com ela de novo
e chegou em casa brigando comigo como se eu fosse a vilã dessa história?
- Eu passei a porra da
noite com a Sophia sim, mas num hospital. – Fernanda arregalou os olhos. Até
então estava achando que era mentira de Sophia, pura encenação. – A Sophia
perdeu o bebê graças a você!
- Não, nada disso. –
Balançou a cabeça. – Eu não fiz nada contra essa criança, eu fui falar umas
verdades pra ela.
- Você não tinha o direito
de se meter com a Sophia, você sabia muito bem que a gravidez dela era de
risco, você deve ter feito tudo de caso pensado. – Esbravejou com o indicador
apontado pra mulher. – Era só um bebê, só tinha três meses, você não podia ter
feito isso.
- Eu só pedi a ela pra
ficar longe de você! – Se defendeu mais uma vez. – Você já se estranhou com ela
muitas vezes e ela não perdeu o bebê, você comeu ela e ela não perdeu o bebê.
Ai quando acontece a culpa é minha? – Suas lagrimas não cessavam.
- Larga de ser sonsa, você
a empurrou contra parede. – A cada segundo parecia que sua raiva ficava pior. –
Ela pediu a sua ajuda e você disse “se vira” – Ele tinha tanto nojo na voz.
- Eu achei que ela
estivesse fingindo! – Gritou pra ele de volta. – Como eu ia adivinhar que era
verdade.
- Você só pode estar de
brincadeira com a minha cara, não tem outra explicação. – Ele foi até a gaveta
que tinha algumas roupas dela e começou a jogar tudo no chão. – Eu quero você
longe da minha casa, longe da minha vida!
- Você vai terminar comigo
só porque a Sophia perdeu o bebê? – Ela estava parada se abraçando, enquanto
observava Micael arremessar suas coisas. – Agora que não tem mais criança, a
gente pode seguir a vida, meu amor. A gente pode ser feliz sem interferência
daquela mulher.
Nojo dessa mulher! Agora o Micael tem que esculachar ela
ResponderExcluirMeu deus a mulher é doida!
ResponderExcluir