- Que exagero. – Ela rolou
os olhos. – Qual é, você nem ama essa menina, vocês namoram tem um mês.
- Sophia! – A encarou e ela
sorria. – Será que dá pra parar, você não está ajudando.
- Ok, me desculpa então. –
Ela ergueu as mãos. Eu vou tomar um banho.
- Eu também vou. – Falou
tão baixo e logo se levantou e saiu do quarto, indo tomar banho no banheiro que
tinha no corredor, enquanto Sophia foi no que tinha no seu quarto.
Mais tarde, Sophia estava
no quarto e Micael na sala, ele pensava e repensava numa forma de contar a
namorada o que tinha acontecido, mas sabia que não seria nada fácil. Ouviu o
barulho da geladeira se abrindo e olhou pra trás, logo depois foi até a cozinha
e se debruçou no balcão.
- Você não devia se
levantar. – Ele a repreendeu, mas ela ainda tinha um sorriso. – Era só me
chamar que eu te levava água.
- Você está no seu surto de
consciência pesada, não quis atrapalhar. – Ele balançou a cabeça e sorriu.
- Como você consegue ser
assim hein? – Estava um mais bem humorado em relação há mais cedo. – Essa
tranquilidade toda, o que fizemos foi errado.
- Eu não estou nem ai, eu
não gosto daquela mulher. – Micael riu ainda mais.
- Mas eu gosto. – Fez uma
careta. – Se quiser me ensinar uma tática pra eu olhar na cara dela e fingir
que nada nunca aconteceu vai ser bem vindo, afinal você é ótima nisso. – Ele
debochou e Sophia cuspiu toda a água que tinha colocado na boca. Estava
tossindo, engasgada. Micael deu a volta pra entrar na cozinha e ajuda-la, mas
ela ergueu uma mão o impedindo. Não queria ajuda.
- Você é ridículo. – Ela
agora estava com raiva.
- Eu pensei que estávamos
brincando. – Ele cruzou os braços. – Nem falei nada tão grave assim.
- Não, não. – Debochou e
saiu da cozinha, mas dessa vez se sentou no sofá da sala. – E você, o senhor certinho, vai fingir que nada
aconteceu? – Ela o observou caminha lentamente e se sentar no outro sofá.
- Não. – Soltou um longo
suspiro. – Eu não saberia fazer isso, eu vou conversar com ela.
- Você vai contar? – Sophia
arregalou os olhos, estava realmente surpresa.
- Eu não tenho costume de
esconder nada das minhas namoradas, Sophia. – Alfinetou mais uma vez. – Depois
eu converso com ela e vejo no que dá.
- Filma a cara dessa
lambisgoia pra eu ver? – Juntou as mãos, implorando. – Por favor!
- É claro que não! – Ele
negou rindo, aquilo era um absurdo. – Para com essas ideias toscas. – A mulher
o acompanhou na risada. – Isso não vai acontecer.
- Como eu queria ser uma
mosquinha. – Ela suspirou e se deitou no sofá. – Ensaia já o que vai falar, é
algo bem difícil de admitir.
- Ah, eu imagino que seja,
já que você não conseguiu falar, não é mesmo Sophia? – Apesar o assunto e das
alfinetadas, o clima continuava leve entre os dois.
- Eu estava ensaiando como
dizer, mas no final nem deu tempo, não é mesmo Micael? – Disse no mesmo tom que
ele, mas soltou uma risada. – Você foi mais rápido que eu.
- Se a gente permitir que esse
assunto se prolongue, a gente vai acabar brigando. – Ele avisou. – Vamos deixar
as lembranças e a Fernanda lá atrás e vamos ver um filme?
- Vai fazer pipoca com
bacon? – Ele ficou de pé com um sorriso, sabia o quanto ela adorava pipoca com
bacon. – Por favooooor!
- Eu vou lá fazer e você
escolhe um filme. – Ela assentiu e o viu sair da sala. Estava empolgada, sabia
que o bebê tinha feito o coração dele amolecer em relação a ela, sentia alguma
esperança de que talvez, tudo ficasse bem.
Quando Micael voltou pra
sala com o balde de pipoca ele se sentou ao lado de Sophia, que não demorou a
se escorar nele quando o filme começou. Deitada em seu colo e recebendo
carinhos no cabelo, Sophia acabou cochilando na metade do filme, Micael se deu
conta ao perceber que ela não estava mais comentando. Sorriu ao vê-la
adormecida, tinha esse costume de cochilar no meio dos filmes e depois fingir
que nada aconteceu.
- Por que você teve que
fazer aquilo? – Perguntou a Sophia adormecida. – Eu te amo tanto, eu sempre te
amei tanto. Era pra gente estar vivendo o momento mais feliz da nossa vida, era
pra gente estar planejando um casamento...
– Ficou triste novamente. Eram tanto planos que tinha feito, tantos
sonhos a realizar com ela. Tirou os olhos da mulher e voltou a prestar atenção
no filme, sabia que já já ela acordaria fingindo que nada aconteceu. Dito e
feito, ela acordou quase no final do filme e fingiu que tinha assistido tudo.
Mais tarde Micael fez a
janta e levou pra Sophia na cama, ela sorriu ao receber o prato. No fundo amava
todo esse mimo que recebia. O moreno comeu com ela, na cama. Eles conversavam
empolgados.
- Você acha que vai ser um
menino? – Micael perguntou olhando para o teto. Estava deitado ao lado de
Sophia na cama. – Queria que fosse menino.
- Eu queria menina. – O
sorriso que se formou nos lábios dela era bem espontâneo. – Chama-la de Carla.
- Carla? – Ele franziu a
testa e encarou a loira. – Por quê?
- Eu acho um nome bonito,
simples e bonito. – Deu de ombros. – Também gosto de Luiza, mas ai teria que
ser Maria Luiza, pra gente chamar ela de Malu.
- Malu... – Repetiu se
acostumando. – Sabe que eu gostei da ideia? Você até que tem bom gosto.
- Eu sei que tenho. – Deu
um beijinho no ombro. – Eu não consigo pensar em nome pra menino. Eu gosto de
nomes comuns, mas são todos tão...
- Sem graça? – Ele
completou rindo. Achava a mesma coisa. – Eu também acho bem difícil. E se a
gente escolher um nome americano?
- Vai ficar super estranho
né? – Foi a vez da mulher rir. – Nada a ver.
- Ah, que isso. – Ele deu
de ombros. – Eu gosto de Liam, gosto de Noah.
- Noah é bem bonito mesmo!
– Considerou por um momento. – Acho que já temos os nomes, falta só saber se
vai ser a Malu ou o Noah. – Acariciou a barriga. – Estou tão ansiosa.
Micael volta com a Sophia logo
ResponderExcluirEu não vejo a hora do Mika se livrar daquela embuste
ResponderExcluirGostei dos nomes ♡
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