Reviravolta - Capitulo 59

Chegamos e subimos direto para meu quarto, minha mãe ainda estava escolhendo um pijama pra Alycia que já estava no banheiro esperando por ela, eu podia ouvir ela cantando.
- Ué, já entrou?! - Sorriu surpresa. - Oi Chay, quando Alycia me disse que era um amigo, não esperava que fosse você.

- Já era hora de aparecer né. - Ele deu de ombros.
- Vou la na casa do Chay mãe, as meninas estão lá e querem me ver. - Ela sorriu. - Vou levar a Alycia.
- Filha, já passa das nove, é o horário dela dormir. É mais fácil você marcar um dia e convidar as meninas pra cá. - Ela sugeriu e eu dei de ombros.
- Não queria deixar ela sozinha aqui. - Minha mãe sorriu.
- Eu fico aqui no quarto com ela. Vai com ele, se divirta. - Ela colocou as mãos nos meus ombros e me olhou nos olhos. - Você precisa relaxar. Deixa que eu cuido da minha neta.
- Ok então, vou lá me despedir dela. - Minha mãe assentiu e eu entrei no banheiro. Alycia esperava no box, já sem roupa. - Eita que a minha princesa tá pelada. - Ela riu sem vergonha nenhuma.
- Veio me dar banho mamãe? - Sorriu, contente.
- Não, mamãe veio avisar que vai dar uma saidinha. Mas que já ja volta. - Ela murchou.
- Poxa! - Resmungou. - Com o papai? - Isso me fez lembrar de perguntar.
- Alycia, por que você está chamando o Micael de pai? - Ela me olhou confusa.
- Não pode? - Eu me sentei no vaso e ela veio pra perto, ficando em pe no meio das minhas pernas. - Ele disse que queria muito ser meu pai, eu disse que ia ser legal ter dois pais, ai ele disse que se eu quisesse podia chamar ele assim.
- Ah sim, claro que pode amor! - Eu a abracei e então me toquei que ela ainda estava colando - Eu só queria saber. Bom já vou pra voltar rápido. E você obedeça a vovó. - Ela assentiu e eu dei um beijo na testa dela, que voltou para o boxe enquanto eu saia do banheiro.
- E então? - Chay perguntou, me olhando com expectativas. - Vamos?
- Vou só mudar o vestido, Alycia sujou com algodão doce. - Eu ri.
- Você está linda, não precisa disso. E nem tem nada sujo. - Ele me olhou de cima a baixo, tinha certeza que estava corada agora.
- Então vamos. - Disse sem graça. Me despedi da minha mãe, ele também e nós saímos. A conversa dentro do carro foi descontraída e demos risada por quase todo caminho. Quando chegamos eu estranhei aquela casa tão familiar e hesitei na hora de entrar.
- O que foi Sophia, é só a minha casa! - Ele riu sem entender.
- Nada, vamos. - Eu ri pra ele e dei de ombros. Quando atravessamos a sala, alguns dos nossos amigos estavam ali. Lua, Mel, Arthur e pra minha surpresa Juliana e Mauricio também. Tinha me esquecido que Mauricio e Chay eram melhores amigos.
- Tá de sacanagem né? - Sussurrei ainda ali na porta.
- Quando eu sai pra buscar você, eu juro que eles não estavam aqui, só tinha a Mel, a Lua e o Arthur estava pra chegar ainda. - Ele sussurrou de volta.
- O maldito do Arthur deve ter feito de proposito, eu ainda mato ele. - Falei com raiva e então fomos percebidos.
- Sophiaaaa! - Ouvi a voz de Mel gritando e soube que meu tempo de fugir dali tinha acabado. - Finalmente chegou. - Quando entramos, a atenção da sala se virou pra mim. Lua e Mel estavam me abraçando e eu sentia como se Mauricio e Juliana quisessem a mesma coisa mas não tivessem coragem. Quando as meninas me largaram eu fiquei olhando os dois, eles estavam separados, um em cada sofá e me olhavam com cara de morto.
- O que vocês dois estão fazendo aqui? - Eles se entreolharam e então Mauricio se aproximou de mim, sozinho.
- Sophia, acho que já se passou tanto tempo, por que não conseguimos nos dar bem? - Reviver toda aquela historia ainda estava me fazendo mal.
- Porque eu não suporto olhar na cara de vocês dois, vocês são nojentos! - Fiz a melhor cara de nojo que consegui.
- Sophia,  já faz cinco anos. - Ouvi a voz da Juliana vindo de trás dele.
- E eu ainda tenho vontade de acabar com você toda vez que eu te vejo. - Ia partir pra cima dela, mas Mauricio segurou meus ombros.
- Me larga - Me soltei dele. - Você nunca mais encoste essas suas mãos imundas em mim. - Olhei para as meninas. - Foi uma péssima ideia ter vindo aqui, vamos embora Chay, Minha filha deve estar acordada ainda. - Virei as costas pra eles e então começou o burburinho. Ninguém ali sabia que eu tinha uma filha.
- Sophia, não vai... - Mel pediu, ela segurou minha mão. - Ficamos tanto tempo separadas. Temos tanta coisa pra conversar.
- Eu acho que quem quer que tenha avisado a você que eu estaria aqui, queria que eu fosse embora logo. - Foquei em Arthur, do outro lado da sala, sorrindo. Garoto insuportável, por isso nunca nos demos bem.
- Sabe Arthur, eu vou ficar. Porque quero a sua alegria. - Sorri e ele continuou sorrindo.
- Que bom, estava com saudades Sophia. - Falou cínico.
- Ah não acredito que vocês vão começar?! Era pra ser um encontro feliz. - Lua disse desapontada e Arthur levantou as mãos em rendição.
- Tudo por você meu amor. - Ele deu de ombros e eu suspirei.
- Ok, então vamos a essa social que já começou péssima. - Revirei os olhos. - Podem fazer a pergunta que eu sei que querem. - Ri, pela primeira vez ali.
- Desde quando tem uma filha? - Lua foi a mais rápida.

5 comentários:

  1. Não vai bota eles dois juntos não ta na hora ,fica nessa a história é boa mais não sai disso ,de passado e esse pai louco que ela tem ,colaca eles dois juntos se entregando o amor deles!

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