Reviravolta - Capitulo 60

- Começa a explicar. - Soltei Manuella no sofá, eu estava segurando seu braço desde que saímos do carro. Viemos até ali sem falar nada e agora finalmente iriamos esclarecer as coisas.
- Deixa de ser ogro Micael, por que tá me tratando assim? - Se fez de sonsa, com a mão no braço onde eu estava apertando. 
- Doeu? - Olhei rindo debochado. - Foi pra você sentir o que fez com a minha filha! - Passei as mãos pelo rosto, estava com muita raiva, me sentindo um idiota.
- Ah para de graça, eu nem machuquei a garota, já disse, ela estava correndo Micael, se eu soltasse e aquela pestinha sumisse seria muito pior. - Nós estávamos discutindo alto, quase nunca fizemos isso. 
- Para de inventar desculpa, Manuella, Alycia já disse o que você falou e eu quero entender o porquê. - Ela então se levantou, sua expressão mudou, parecia ódio, não sei bem. 
- Quer saber? Desde que essa garota apareceu tudo virou um inferno Micael. Nós tínhamos uma relação boa, íamos nos casa, fazíamos tudo junto. - Eu vi algumas lagrimas dela escaparem enquanto gritava pra mim. - Essa idiota dessa Sophia apareceu e mudou a nossa vida Micael, só você não percebe. Você perdeu o emprego, você não passa mais tempo nenhum comigo e quando a gente tá junto eu tenho certeza de que você não quer estar comigo. Tem quase um mês que a gente não transa Micael, você sempre tá cansado. - Esse final ela gritou mais alto ainda, tá agora ela conseguiu me fazer sentir culpado.
- Manuela - Respirei fundo, tentei falar sem gritar. - Eu passei cinco anos sem saber que tinha uma filha, é normal eu querer recuperar o tempo perdido. - Ela riu entre lagrimas.
- Você quer enganar quem, Micael? - Falou ainda rindo. - Você ainda ama aquela mulher, sempre amou. 
- Eu nunca disse isso Manu, ela é só a mãe da minha filha. - Falei da Alycia e toda raiva de antes voltou. - Filha essa que você faz questão de maltratar. 
- Micael, olha você me desculpa. - Falou baixo, calmo até. - Mas eu nunca vou gostar da sua filha, eu nunca vou aceitar ela, ela nunca vai gostar de mim. Sabe por quê? - Fungou e limpou o rosto de algumas lagrimas. - Porque ela tirou você de mim, e isso nunca vai ser perdoado. 
- Você que me perdeu com essas suas atitudes idiotas. - Retruquei, ela pareceu surpresa. - A menina não tem culpa do que aconteceu, alias ninguém tem culpa.
- A menina já tem um pai, nunca precisou de você. - Ela falou e eu me lembrei de quando o Renato falou aquela frase pra mim.
- Sabe quem já falou isso pra mim? - Ela deu de ombros e eu continuei. - O Renato. Ele disse, exatamente a mesma frase, andou conversando com ele, Manu? - Eu perguntei e ela hesitou antes de me responder. 
- Olha Micael... - Não continuou a frase, eu interrompi.
- Olha Micael não. Foi o Renato que bancou nosso casamento né? Em troca do que, de me manter longe da filha dele? Da neta? - Levantei uma sobrancelha pra ela, estava mais revoltado do que antes. - E o que você ia fazer quando não conseguisse? - Perguntei, estranhamente curioso.
- Quer saber a verdade? - Ela fungou novamente e eu assenti, mesmo sem saber se estava ou não preparado pra aquilo. 
- Simplesmente não sei. - Ela deu de ombros. - Essa é a verdade. Minha vida virou uma confusão no ultimo mês e eu não sei mais de nada. 
- Você fez da sua vida uma confusão, você diz que eu amo a Sophia, mas você praticamente me jogou no colo dela. - Dei de ombros, toda a raiva estava passando, só tinha restado decepção.
- Acho que tomei atitude de qualquer mulher apaixonada. - Ela recomeçou a chorar. 
- Se você me amasse como diz, me apoiaria, trataria a minha filha bem. Ela pode até achar que o pai dela é aquele idiota lá, mas não é. Eu sei disso e todo mundo ao meu redor sabe também, eu tenho direitos Manuella. - Continuei sem expressão e ela chorando.
- Não dá Micael, nunca vou passar por cima disso. - Ela deu de ombros. 
- Então Manuella, eu sinto muito, mas eu não posso continuar com isso. - Abaixei a cabeça e ela se aproximou de mim, me agarrando. 
- Você está terminando comigo Micael? Você não pode fazer isso. Vamos nos casar. - Falou tudo isso rápido demais, embolando em algumas palavras.
- Não dá Manuella, foi bom enquanto durou, mas eu tenho uma filha, não vou ficar longe. - Me soltei dela, e dei as costas indo pra porta. 
- Vai onde? Vai me deixar aqui sozinha? - Ela gritava, era uma cena difícil. 
- Você precisa arrumar suas coisas que estão aqui, e eu preciso pensar. - Disse ainda de costas. 
- Pensar nada, você vai atras daquela puta, eu tenho ódio de você, ódio. - Ela avançou me dando alguns socos nas costas. 
- Não surta Manuella, não vou atrás de ninguém, arruma suas coisas ai, quando eu voltar, espero encontrar minha casa vazia. - Abri a porta e a fechei, a tempo de ouvir o vaso de flor que ela jogou em mim bater na porta e quebrar em sei lá quantos pedaços. Entrei no carro e apenas dirigi, sem destino, só precisava pensar. 

6 comentários:

  1. Ateee que enfiiiiiiiim Meeeeeeu Deuuuuuuuuus! OBRIGADA,LARGOU ESSA INSUPORTÁVEL, FALSAAAA!

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  2. Finalmente ele meteu o pé na bunda dessa chata, espero q n volte atrás haha contínua

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  3. Agora sim tá ótima coloca um pouco de amor

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  4. Posta um bônus por favor?

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