Reviravolta - Capitulo 63 bônus

- Me chamou aqui pra me contar essa sua novidade incrível? - Eu ri e ele deu de ombros. - Olha, fico muito feliz por você.
- Nossa Sophia, quanto deboche. - Ele riu.

- Não é deboche, fico feliz mesmo... - Olhei pra ele - Até porque você não sairia com Alycia nunca mais se aquela fulana estivesse junto. - Falei sério, ele negou com a cabeça rindo.
- Eita implicância. - Riu olhando pra mim agora e eu dei de ombros.
- Aquela mulher encostou na minha filha, se acontecesse de novo eu ia achar ela no quinto dos infernos pra dar uma surra bem dada. - Falei com raiva dessa vez.
- Desde quando você é violenta assim? - Ele me perguntou e eu tive que rir.
- Desde quando mexem com a minha menina. - Olhei em seus olhos. - Fui eu que carreguei ela, fui eu que quase morri pra ela nascer, eu que fui todos os malditos dias daquele mês ver como ela estava no hospital. Então só eu tenho direito de encostar nela. - Ele levantou as mãos em rendição.
- Eu queria muito ter passado por isso com você... - Ele sussurrou, mas eu fui capaz de ouvir.
- De certa forma você estava presente, passei mal por sua culpa mesmo. - Dei de ombros e ele me olhou como se eu estivesse o ofendendo.
- Nossa Sophia, que ogra! -Eu ri da expressão de triste que ele fez. - Eu não sabia, não foi por mal.
- Se tivesse deixado a Lua ou a Mel falar, você saberia que tinha uma filha, teria meu numero de telefone e uma boa parte dessa confusão tinha sido evitada. - Dei de ombros, eu agora olhava pra frente.
- Eu tinha tanta raiva de você, Sophia. - Falou também olhando pra frente, parecia estar sentindo a dor que sentiu naquela época.
- Eu não tive culpa. - Eu falei baixo, ele ainda continuava daquele mesmo jeito.
- Você sempre falou do seu pai, se eu soubesse que era assim, tinha impedido você de ir embora naquele dia. - Ele olhou pra mim, nos olhos uma expressão apaixonada. Segurou minhas mãos e falou dessa vez olhando nos meus olhos. - Acho que estaríamos casados, com cinco filhos já. - Ele riu e eu olhei espantada.
- Ai eu estaria imensa de gorda e você estaria olhando as piriguetes da rua. - Nós rimos daquela situação imaginaria.
- Ah seria a gorda mais linda da minha vida, não ia querer olhar pra outra mulher. - Ele realmente estava se declarando? Me deixou confusa.
- Micael, por que me trouxe aqui, por que estamos conversando sobre essas coisas? - Perguntei olhando em seus olhos.
- Porque eu amo você Sophia, só você não vê isso. - Ele se aproximou e me deixou sem reação.
- Quem disse que eu não vejo? - Respondi e também me aproximei, mas antes que nos beijássemos ouvi o celular dele tocando e nós nos afastamos, rindo constrangidos com o quase beijo. Olhei de lado e vi no visor escrito "Amor" e revirei os olhos. Ele desligou a ligação. - Não vai atender?
- Acho que estamos tendo uma conversa mais importante. - Ele olhou pra mim e sorriu.
- Acho que você deve atender seu "amor"! - Falei assim que o telefone recomeçou a tocar.
- Terminei hoje, não tive tempo de mudar o contato. - Ele bufou e eu dei de ombros. Ele desligou outra vez.
- Por que não atende logo? - Já estava agoniada com aquele toque.
- Porque estavamos conversando primeiro. - Ele olhou pra mim.
- Acho melhor ir embora, já está tarde. - Falei olhando para a janela e ele suspirou.
- Sophia... - Foi interrompido novamente pelo toque.
- Atende essa droga. - Me irritei, ele ficou segurando o celular olhando pra tela, eu então peguei o celular sem pensar muito e atendi . - O que que é garota? - Praticamente gritei, não entendi o motivo de toda essa raiva repentina.
- O que você ta fazendo com o Micael? - Ela soluçou, estava chorando provavelmente.
- Acho que não é da sua conta. - Continuei sendo grossa. Micael pegou o telefone da minha mão.
- O que foi Manuella? - Disse num tom de voz parecido com o meu.

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