Quando a enfermeira tirou o soro, Alycia desceu do colo
de Micael e veio me dar a mão. Eu já estava feliz, pelo menos ela estava mais
disposta. Sorri pra Micael e ele se levantou logo após e ela estendeu a outra para
ele. Assim nós saímos dali. Perto da saída, vimos a Manuela saindo também. Ela
olhou para a gente com desdém. E parou seu olhar em Micael.
- A pestinha ficou doente? – Ela falou assim que nos
aproximamos.
- Ficou muito tempo perto de você. – Ele rebateu assim
que ela falou. – Já disse para não chamar a minha filha de pestinha.
- Respeita minha filha Micael. – Marcos falou bravo.
- Quando a sua filha respeitar a minha. Coisa que ela
nunca fez. – Ele olhou com ódio. – Vamos Sophia. – Ele pegou Alycia no colo e
andou apressado para a saída. Eu ao passar por Manuela dei um sorrisinho. A
julgar pela cara de raiva, acho que ela não gostou. Me apressei e sai com
pressa atrás de Micael. O alcancei já perto do carro.
- Para que isso tudo? – Falei sem entender e ele me olhou
angustiado. – Eu sei que ela é escrota, mas você agiu muito estranho. Não
parecia você. – Ele parecia lutar contra algum conflito interno e então olhou
para Alycia que prestava atenção na nossa conversa.
- Quando nós chegarmos, conversamos. – Eu apenas dei de
ombros e entrei no carro. Alycia foi
presa na cadeirinha e eu na frente ao seu lado. O silencio reinava dentro do
carro, estava insuportável. Paramos na farmácia para comprar o remédio dela e
então seguimos viagem. Quando chegamos, minha mãe estava nervosa já na sala.
- Aí até que enfim vocês chegaram, o que ela tem? – Falou
nervosa.
- Eu estou bem vovó. – Ela foi abraçar minha mãe.
- Só uma infecção. – Eu disse e avancei caminhando para a
cozinha. – Vem Alycia, tomar o remédio. – Ela me seguiu desanimada. Dei um copo
de agua e um comprimido e então ela engoliu. Voltamos para sala e minha mãe
conversava com Micael.
- Renato foi trabalhar eu acho, e que ele não é muito de
dar satisfação para mim. – Micael riu sem graça e minha mãe também.
- Mãe, pode dar banho na Alycia, eu preciso conversar com
o Micael a sós. – Ela me olhou e sorriu. Um sorriso maldoso. – CONVERSAR, mãe –
Dei ênfase na palavra.
- A última vez que eu peguei vocês conversando sozinhos,
não era bem uma conversa. – Ela disse rindo e eu provavelmente fiquei vermelha
até a última raiz de cabelo.
- MÃE! – Eu a repreendi e vi que o Micael também ria, um
sorriso espontâneo desde que saímos do hospital.
- Ok, filha – Ela pegou na mão de Alycia. – Me desculpa. –
E começou a andar rindo. Eu fiquei parada observando as duas. Alycia mostrava o
curativo nos dois braços, um explicando que saiu sangue e o outro que colocaram
alguma coisa nela. Dessa vez eu ri. Já passava de uma da tarde. Quando eu olhei
pra Micael ele estava na minha frente e me agarrando em um beijo quente. Ele me
deixou sem fôlego, mas eu ansiava por aquilo. Realmente nos separamos quando não
dava mais para ficar sem ar.
- Meu Deus. – Eu disse e ri.
- Eu estava com saudade disso. – Ele falou agora
ajeitando meu cabelo atrás da orelha.
- Ah deu para perceber. – Eu debochei e ele mandou língua.
E eu então me aproximei e o beijei de novo. Beijo demorado e gostoso, eu não
queria parar, mas tinha que conversar. – Vamos lá para fora, acho que ainda
temos que conversar. – Ele suspirou, mas assentiu. Andamos de mãos dadas até o
nosso canto no jardim, ele sentou e eu me deitei, escorando em seu peito.
- O que tanto quer falar? – Ele estava com um olhar
distante.
- Quero saber o que aconteceu entre você e a Manuella,
porquê está com tanta raiva assim? – Eu o olhei e ele estava sério, ele franzia
a testa. Tomou ar antes de falar.
- Ela estava gravida. – Eu o olhei impassível, afinal essa
parte eu já tinha deduzido. – Eu não sabia disso, ela já ia completar dois
meses. Quando terminei com ela, ela simplesmente... – Ele não conseguia pronunciar as palavras, a
dor era tão nítida em sua expressão que eu fiquei sem saber o que fazer, então
eu me sentei e dei um abraço forte, em seguida um beijo. Logo ele continuou. –
Ela tomou alguns remédios depois que sai de casa, me ligou passando mal por isso.
Quando eu cheguei tinha sangue, mas não imaginava o motivo. Ai depois o médico
disso que ela tinha perdido o bebê. Ela simplesmente matou o meu filho. – Ele terminou
de falar olhando o nada.
- Eu sabia que essa mulher era louca, mas não a esse
ponto. Ela tirou o próprio filho. – Falei horrorizada. – Ela disse algum
motivo? – Ele me olhou triste com um sorriso estranho.
- Ela disse que não teria um filho sem pai. – Ele deu de
ombros, ainda abalado com aquele assunto. – Falou que como teria que voltar para
casa dos pais, eles não a aceitariam com um filho meu, já que estávamos separados.
- Ele falou sem acreditar muito.
- Essa mulher é ridícula. – Eu lembrei de quando o pai
dela estava falando com Micael. – Se bem que o pai dela parece ser do século XIX.
– Eu o abracei novamente e ele apenas retribuiu, sem dizer mais nada. – Não fique
assim, você um ótimo pai. E vai ter a chance de acompanhar um outro filho sendo
gerado. Vai ver que é uma emoção sem fim. – Eu sorri com a lembrança. – Desde o
momento que se descobre até a hora de nascer. A primeira vez que ouvi o coração
de Alycia eu chorei tanto.
- Quero ter essa experiência com você sabia? – Ele olhou
sorrindo pra mim.
- Ah não quero outro filho nem tão cedo. Alycia já me deixa
de cabelo em pé. – Eu ri.
- Ah que mentira, a menina é um anjinho. – Ele riu também
e eu vi que seu rosto se suavizou. – Nem apronta.
- Mesmo assim. Ela é muito novinha. – Rolei os olhos.
- Não quero para agora, afinal tenho muito o que curtir
ao lado dela ainda. – Seus olhos brilhavam.
- Ao meu lado também está. – Falei dengosa e ele me deu
um beijo no nariz.
- Eu amo você. – Falou por fim e antes que eu respondesse
uma pessoinha se jogou em cima da gente sorrindo sapeca.
- Mamãe e papai, achei vocês. – Ela disse ainda em cima
de nós, que a essa altura estávamos deitados no chão já. – Estavam namorando
né? Danadinhos. – Ela falou arrancando gargalhadas da gente. E Micael segurou
meu rosto me dando um beijo. É nós podíamos não ser perfeitos, mas estávamos começando
a ser o que parecia com uma família feliz.
To amandoo, continuaa. Eles TEM que ter outro filho
ResponderExcluirGente eu amo essa web. Nam kero q acabe tão cedo. Esta linda. Ctn sempre. Eh posta mais e c bonus
ResponderExcluirQue família linda, continuaa
ResponderExcluirPosta bônus tô adorando somic juntos
ResponderExcluirContinua
ResponderExcluirAí que perfeito,posta mais !!!!
ResponderExcluirOHHH MDS! QUE CAPÍTULO PERFEITOOOOOO,OMG!
ResponderExcluirCONTINUAA,JÁ QUERO eles morando juntoS cm a Alycia!
Que coisaa mais lindaa,continuaa.
ResponderExcluirPostar bônus,ta ficando cada dia melhor agora eles poderia contrui uma família
ResponderExcluirAmeiiii esse cap, posta mais ❤❤❤❤❤❤
ResponderExcluirPosta mais pfvr
ResponderExcluirHoooot pra já kkkkk
ResponderExcluir