Amor Demais - Capítulo 11

- Eu sei, não te culpo. – Sorriu docemente. – Mas eu só queria que entendesse que você teve sua parcela de culpa ao não me apoiar. – Suspirei.

- No fundo eu sei disso, mas não dava. – Ela parecia confusa. – Eu fiquei aqui, sozinho por seis meses. Eu estava triste, magoado e com raiva, mas não tinha ficado com ninguém. Mesmo sem querer assumir pra mim mesmo, eu estava esperando você voltar. E eu fiquei, por quase um ano. UM ANO.
- Eu não sabia. As meninas não me falaram nada. – Ela deu de ombros.
- Sabe o que mais dói? É saber que enquanto eu estava aqui sofrendo por você, você estava feliz, se divertindo.
- Não foi bem assim! – Ela negou com a cabeça – Eu também sofri demais.
- Duvido, se eu bem ouvi os homens de Nova Iorque são lindos. – Debochei e rolei os olhos – Até onde eu sei você encontrou o “homem da sua vida” lá. – Por mais que eu tentasse usar um tom de brincadeira, falar daquilo doía. Ela riu.
- Queria que eu descrevesse você pra sua mulher? – Ela ergueu uma sobrancelha.
- Ficaria feliz se tivesse feito. – Sorri.
- Claro, super normal mesmo. – Ela também sorriu.
- Você descreveu um cara loiro com olhos verdes.
- Ele foi um namorado meu de lá ué, o único. – Deu de ombros e aquilo estava me irritando. – É meu melhor amigo até hoje!
- O quê? – Falei mais alto do que esperava. – Você é amiga do seu ex namorado?
- O que tem demais? – Ela riu, vendo claramente o ciúme estampado na minha voz.
- Só é estranho. – Dei de ombros fingindo não ligar.
- Nem todo mundo tem raiva de mim. – Ela se levantou.
- Eu sei. – Coloquei as mãos no bolso assim que me levantei também. – Vou entrar, vamos?
- Vamos, não quero irritar ninguém. – Ela riu e andou na frente.
- Irritar quem? Todo mundo te ama. – Rolei os olhos.
- Até parece. – Continuou rindo, mas agora caminhava ao meu lado.
- Sophia, a minha mulher gosta de você. – Eu disse abismado. – Qual a chance de uma coisa dessa acontecer? – Eu disse rindo.
- Eu também gosto dela. – Deu de ombros.
- É né, eu sei escolher mulher. – Pisquei pra ela e ele se fingiu de ofendida.
- Agora vê se pode. – Deu um tapinha no meu ombro. – Você que é um sortudo mesmo.  
- Eu costumava ser. – O clima ficou um pouco tenso entre nós. Sempre ia ter aquela magoa entre a gente. A minha vontade de beijá-la estava cada vez maior, mas eu não sabia se ela sentia a mesma coisa. Segurei a sua mão e ela me olhou surpresa, mas eu não disse nada, apenas a guiei pra direção oposta a que estávamos indo. Ela ainda não tinha dito nada e eu estava um pouco feliz por isso.
Parei a alguns passos da pedra em que anteriormente estávamos sentados.
- Que isso, Micael? – Ela disse ofegante assim que paramos, mas eu não respondi, apenas matei a minha vontade louca de beijar aquela boca maravilhosa. A sensação conseguiu ser melhor do que a de antigamente, eu sentia a energia fluir por nós de forma incontrolável. Ela em nenhum momento tentou me empurrar, o que mostra que estava com a mesma vontade que eu. Por que a vida tinha que ser tão difícil?

4 comentários:

  1. Ahhhh nao acredito, até que enfim eles se beijaram estava esperando por isso ansiosamente, Continuaaa to amando.

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  2. Rolou beijo ❤❤❤ ah, mas sei q ainda tem tantas coisas pelas frente q eles possam voltar logo mais. 🙏

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