Reviravolta - Capítulo 23

Os dias que se seguiram foram muito sofridos. Eu tive alta uma semana após o parto e ir embora e deixar a minha princesinha ali doía muito. Eu a visitava todos os dias e não cansava de ficar olhando a minha menininha através daquele vidro. Ela ganhava peso muito rápido e ela já estava pra receber alta.
Alycia tinha nascido com 1,686kg e apenas 39 cm. Hoje já estava com dois quilos e maiorzinha. A coisa mais linda do mundo e eu estava ansiosa pra levá-la pra casa. Receberia alta naquele dia e eu não agüentava de ansiedade e então cheguei cedo demais no hospital com a Larissa.


- Você podia ter ido pra faculdade Lary. – Eu disse enquanto esperávamos sentadas na sala.
- Você por um acaso acha que eu ia perder a saída da minha princesa? – Ela cruzou os braços. – Foi só uma aula.
- Ain Lary, você é uma amiga incrível. – Eu a abracei com cuidado. – Estou esperando minha filha a mais de um mês. Não agüento mais.
- Eu também. Esse tempo todo ta difícil.

E então depois de alguns minutos a medica veio se aproximando com a minha filha nos braços e eu chorei. Não acreditava que ela estava finalmente assim, tão perto de mim. Levantei de braços esticados e finalmente peguei minha filha no colo.

- A coisinha mais linda do meu mundo. – Disse e acariciei sua cabecinha.
- Parabéns Sophia. Ela está perfeitamente bem e saudável. – Sorriu pra mim – Será uma linda menina. E você, como está?
- Estou bem. Sinto dores né, por causa da operação, mas estou bem.
- Fico feliz. Traga ela nas consultas agendadas todos os meses.
- Com certeza vou trazer. – Sorri.

Assinei todos os papeis da alta dela e então fui embora com a Larissa.

5 anos depois...

Nós passamos todos os momentos maravilhosos juntas. Nós três éramos muito grudadas umas nas outras e qualquer tempo longe já era um sacrifício. Depois daquela noticia que o Micael estava namorando eu tinha dado uma mudada na minha vida.
Hoje em dia eu tinha um namorado, o próprio Diego que há tanto tempo estava interessado em mim lá na faculdade. A Alycia agora com quase cinco aninhos o chamava de pai.
Eles tinham terminado a faculdade no período passado, mas eu só consegui agora por conta do tempo que fiquei afastada.
Estávamos todos de viagem para o Brasil. Até hoje meus pais não sabiam da existência da minha filha e eu tinha medo da reação deles. Eu não avisei que estava voltando então seria a maior surpresa de todas.

- Mamãe eu to cansada já! – Alycia disse e veio até mim.
- Meu amor, nós já estamos chegando. – Diego disse roubando a atenção dela.
- Mas papai eu quero comer. – Falou fazendo a gente rir.
- Já vamos filha. Estamos quase chegando. – Eu disse.

Olhar aquelas ruas me dava um aperto no peito. Agora estávamos quase chegando e o taxista andava bem devagar, o que me dava bastante tempo para olhar e lembrar de todas as vezes que passei por ali. Larissa estava com a gente também. Ela tinha decidido vir pra saber onde eu morava, assim voltar sempre. E eu mais do que nunca precisava deles dois ali comigo naquela hora.
Quando o motorista estacionou na porta daquela casa eu perdi toda coragem de entrar. Olhei assustada pro meu namorado que beijou minha mão. Larissa sorriu e Alycia estava com o rostinho confuso.

- Vamos entrar? – Ele me encorajou.
- Vamos – Respirei fundo e desci.

Alycia desceu correndo e segurou na minha perna. Larissa parou ao meu lado e Diego foi pagar o taxi. O taxi foi embora e eu esperei alguns segundos até ter coragem de dar o primeiro passo.
Toquei a campainha e quando a empregada atendeu eu não a conhecia.

- Pois não? – Ela disse esperando que eu me apresentasse.
- É Dr Renato ou a Dona Branca estão? – Perguntei ainda sem me apresentar.
- Estão sim, quem gostaria? – Questionou.
- Sophia. – Falei baixo.
- Ah a filha deles? – Se espantou. – Pode entrar, desculpa tantas perguntas.
- Tudo bem, na verdade não me importo.

Eu entrei sendo seguida pelos três. Parei na sala perto do sofá e não conseguir dar mais nenhum passo. Senti o braço do Diego em mim e então eu o abracei.

- Bruna quem era na port... – Minha mãe estava vinda e parou de falar quando me viu. – Sophia! Filha! – E então eu me virei.
- Oi Mãe! – Disse e ela veio me abraçar. – Como você está?
- Filha, por que não me avisou que você estava voltando? – Ela falou ainda sem me soltar.
- Não sabia como reagiriam! – Eu me soltei. – Fiquei com certo receio.
- Ah minha filha, claro que estou feliz. Você era uma menininha quando foi, hoje está um mulherão! – Então ela viu que eu não estava sozinha.
- Quem são eles? – Questionou sorrindo.
- AH mãe, deixa eu te apresentar. – Fui para o meio deles. – Ele é meu namorado, ela é minha amiga e essa. – Peguei a mão da Alycia a puxando pra frente. – É a minha filha.
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Pessoal, sumi essa semana porquê comecei a minha faculdade finalmente! Aí vou ter que me reorganizar ainda.

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