Depois do Para Sempre - Capitulo 21

 Chay foi seguindo o carro de Micael até o apartamento e ao chegar lá pegou as sacolas que estavam na mão de Sophia e os três subiram. Quando chegaram no apartamento, as colocou sobre o sofá e olhou curioso para o casal.

- Vocês vão ter um bebê? – Tinha um sorriso no rosto.

- Vamos. – Sophia respondeu. – Mas eu ainda não estou gravida, se é o que quer saber. Micael que é um pai bobão e já quis comprar um monte de coisas antes mesmo da criança ser concebida.

- E você adorou. – Pegou todas as bolsas e entrou pra colocar em um dos quartos vagos.

- Senta, Chay. – Sophia indicou o sofá. – Você não precisa ficar sem graça aqui em casa. – Soltou um risinho. – Somos amigos faz tempo.

- É que tanta coisa aconteceu e a gente se afastou, né?!

- Você tem razão. – Sorriu. – Muita água rolou por debaixo da ponte, mas o que importa é que ficou tudo bem.

 

Micael logo voltou pra sala e os três até que tiveram uma tarde agradável. Chay foi embora no início da noite e pelo bem da boa convivência, Mel não tinha aparecido ali hoje. Agora, Micael estava na cozinha fazendo a janta e Sophia estava sentada no balcão de frente pra ele.

- Você não precisa ficar ai até eu terminar.

- Eu gosto de te ver cozinhar, você fica tão sexy. – Ele soltou uma gargalhada. – Que foi? Não posso achar o meu marido sexy? O cumulo do absurdo.

- Você deve. – Balançou a cabeça, ainda rindo. – Mas eu não canso me surpreender com o quão tarada você é, Sophia. Eu cortando um tomate e você maldando.

- Ei, eu não sou tão ruim assim. – Sorriu. – Muitas coisas passam pela minha cabeça automaticamente, eu não tenho controle.

- É?! – Parou o que estava fazendo e sorriu de lado. – E o que está passando pela sua cabeça agora?

- Ah, não me olha assim... – Falou bem baixinho e ergueu o braço. – Me deixa toda arrepiada. – Ele não se controlou e caiu na risada de novo. – Você corta todo o clima.

- E como eu vou me manter sério com você falando essas coisas? – Seguia rindo. – É impossível.

- Você não é tão diferente de mim assim. – Se levantou da banqueta e sentou no balcão. O riso de Micael cessou no instante em que a loira abriu as pernas. – Viu só. – Ele tinha os olhos fixos na loira.

- Você está jogando sujo. – Desviou de volta pra tabua de corte. Sophia tirou a blusa e ele tomou um susto quando levantou o olhar pra ela. – Meu Deus do céu, eu estou tentando cozinhar!

- Se você quiser eu posso parar. – Colocou a mão pra trás e desabotoou o sutiã. – Mas vai ter que me pedir. – Arremessou o traje intimo nele e Micael cheirou. – Ou você pode vir aqui...

- Você acaba comigo. – Ele negou com a cabeça e desligou o fogo da panela. Deu a volta no balcão e começou a dar beijos no corpo da mulher, mas antes que pudessem realmente se empolgar, ouviram o interfone. – Se for a Lua de novo, eu vou botar pra correr.

- Ué, bem capaz, ela não deu sinal de vida hoje. – Deu de ombros e desceu do balão pra começar a se vestir, ainda rindo da frustração de Micael que caminhava pra atender o interfone.

- Oi. – Seu tom de voz era bravo. – Meu pai? – Sophia encarou o moreno. – Tudo bem, pode liberar. – Bateu o interfone. – O empata foda é seu sogro.

- Ué, que milagre é esse? Ele nunca vem aqui. – Sophia franziu a testa. – Será que aconteceu alguma coisa?

- Sei lá, veio a família fez toda. – Bufou. – Só pra empatar, não é possível.

- Você me zoa porque eu sou safada, mas você é pior que eu quando é interrompido. – Deu risada.

- Claro, agora eu estou com tesão. – Cruzou os braços. – Espera até eles irem embora que eu vou rasgar você no meio. – Disse no pé do ouvido dela e mais uma vez a mulher se arrepiou.

- Ah, Micael... – Soltou o gemidinho. – Agora até eu quero que vão logo. – Ele finalmente deu risada. Voltou pra frente do fogão e ligou o fogo novamente. Sophia foi atender a porta.

 

- Hey, que milagre é esse?! – Ela falou e logo foi cumprimentar cada um com beijinho. – Vocês nunca vem aqui. – Deu espaço para que entrassem.

- Viemos jantar. – Jorge brincou.

- Então chegaram na hora boa, Micael está na cozinha. – Apontou pra trás. – Se tivessem vindo num dia que eu estivesse lá...

- Deus me defenda. – Tony brincou. – Prefiro a comida do meu irmão mesmo.

- E quem não prefere? – Ela respondeu bem humorada. – Vamos lá?! – Fez sinal e foi caminhando até a cozinha.

- Ei, o que fazem aqui? – Perguntou quando viu o pai. – Pensei até que tinha morrido alguém quando o porteiro interfonou.

- E a gente não pode visitar nosso filho? – Antônia questionou. – Não aconteceu nada, a gente só veio ver se está tudo bem.

- E por que não estaria? – Ergueu uma sobrancelha.

- Não faz muito tempo você bateu na minha porta de mala e cuia. – Micael rolou os olhos. – E, ninguém lá em casa quis cozinhar hoje.

- Isso ai é desculpa desde quando, você tem um restaurante. – Ele deu risada.

- Quer que a gente vai embora é só falar, Micael. – Jorge disse um pouco bravo e Sophia deu risada.

- Ah, era disso aqui que ele estava sentindo falta viu. – Comentou. – Uma briguinha com Jorge era tudo o que faltava pra ele ficar completo.

- Sophia! – Repreendeu.

- Como assim? – Jorge a olhou curioso.

- Micael estava carente de você. Sabia não? – O moreno estava completamente sem graça. – Morrendo de ciúmes do Anthony.

- Sophia, você não perde por esperar. – Ele ameaçou a mulher, mas ela achou graça.

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