Depois do Para Sempre - Capitulo 23

 - Às vezes eu esqueço que a Lua conhece tanta gente. – Sophia suspirou, ela e o marido tinham acabado de chegar na casa de Lua, e olhavam dentre as pessoas, procurando por rostos conhecidos.

- Acho que só nós que não temos tantos amigos assim. – Micael riu. – Não é possível.

- Ah, mais da metade dessa gente veio só pra comer, até parece que você não sabe. – Ela encarou o marido que abria espaço dentre as pessoas ali na área da piscina.

- Olha só quem chegou!!! – Lua apareceu diante deles. – Pensei que não iam me dar a honra da presença de vocês. – Cruzou os braços. – Posso saber o motivo do atraso?

- Pergunta a sua amiga ai. – Micael jogou pra Sophia. – Cinco horas pra se arrumar.

- Não é pra tanto. – Se defendeu. A conversa era gritada por cima do som alto. – O importante é que aqui estamos.

- Sei. – Ele tinha um careta. – Douglas e Mel estão numa mesa lá no fundo, afastados por causa do Heitor.

- Eu pensei que nem ia vir por causa do nenê. – Sophia olhou surpresa.

- Parto normal, minha filha. – Lua brincou. – Pariu e já pode sair por ai correndo uma maratona.

- Besta. – Fez a loira rir. – Vou lá então.

- Vai, daqui a pouco eu levo pra vocês alguma coisa pra comer. Vou procurar o Arthur e meu filho. – Deu um beijinho em Micael e na hora que foi dar em Sophia ela a agarrou num abraço.

- Feliz aniversário, meu amor. – A mantinha abraçada. – Amo você.

- Eu também amo você! – Respondeu com um sorriso e logo se afastou caminhando pelo meio do povo que toda hora parava ela pra pedir algo. Micael e Sophia seguiram por onde foi indicado por Lua e logo encontraram a mesa com os amigos. Douglas segurava o bebê que dormia serenamente como se não tivesse barulho nenhum. – E ai, casal?!

- Ei, loira! – Mel disse empolgada. – Achei que íamos ficar sozinhos aqui com esse bando de gente estranha que a Lua convida.

- E eu achei que vocês não iam trazer o Heitor. – Micael disse sorrindo, se aproximou de Douglas. – Deixa eu segurar! – Se aproximou e pegou o bebê que continuou a dormir.

- Ficamos nessa de trazer ou não trazer que acabou o tempo e a gente não tinha achado ninguém. – Mel soltou uma risadinha. – Mas ele está ótimo, nem parece que tem toda essa bagunça rolando.

- Ele parece ser bem tranquilo mesmo. – Sophia sorriu enquanto olhava Micael fazer carinho no bebê adormecido.

- Demais. – Foi Douglas quem respondeu. – Quase não chora, a noite então, acorda pra mamar e olhe lá.

- Comparado as coisas que Lua contava do Matheus, fiquei muito aliviada.

- Mas aqui. – Sophia olhou para o corpo de Mel. – Você está maravilhosa! – Mel então abriu um super sorriso. – Que mandinga é essa que você fez. – Mel estava de biquíni e shortinho. Ninguém ali diria que ela estivera grávida há tão pouco tempo.

- Eu não sei se a minha genética é boa, ou que milagre aconteceu. – Ela ria. – Mas eu já sai do hospital muito bem, a única coisa que tá demais é esse peito né?! – Sophia achou graça. – Parece que vai explodir a qualquer momento.

- Eu acho ótimo! – Douglas falou e Mel lhe deu um tapinha. – Ué, estão lindos!

- Não para de vazar leite e você vem dizer que está lindo. – Rolou os olhos. – Heitor está dormindo faz séculos e meu peito já está doendo de tanto leite que tem, daqui a pouco vou ter que acordar ele pra mamar senão eu não aguento.

- Ah, mas ele está num soninho tão gostoso. – Micael falou ainda sem encarar os amigos. – Vai acordar ninguém não.

- Ah, pronto! – Mel bufou. – Defensor do sono alheio. Micael é muito babão quando se trata de criança, tenho é pena de você Sophia.

- Eu também, Melzinha, você nem imagina. – Todos a mesa riram. Arthur chegou à mesa junto com Matheus, que deu uma corridinha pra chegar perto de Micael.

- Dindinho! – Tinha a cara emburrada. – Nem foi me ver.

- Mas ai eu não sabia onde você estava. – Prendeu o riso. – Mas agora eu estou te vendo, vem cá! – Tentou puxar o menino, mas ele deu um passo pra trás. – O que foi?

- Você está ai com ele. – Apontou com o queixo para o bebê. – Nem tem espaço pra mim.

- Ai, meu Deus! – Deu uma risadinha. – Você não precisa ficar com ciúme do seu priminho. – Se ajeitou pra segurar o bebê com uma mão só. Tem colo do dindo pra todo mundo. – O menino chegou perto com um sorriso e logo sentou no em uma perna de Micael.

- Mas o colo do Micael é muito disputado. – Sophia cruzou os braços. – Eu não quero nem ver quando a Mirella chegar.

- De onde que o Micael vai tirar braços pra segurar os três é o que queremos saber. – Arthur deu risada e se sentou à mesa. – Boa sorte.

- Deixa com o pai aqui que sempre cabe mais um. – Deu risada acompanhado pelos amigos.

- Ó, só pra avisar a vocês que o Chay chegou hein. – Arthur disse encarando Mel e Douglas. – Deve estar vindo pra cá.

- Era de se esperar. – Mel rolou os olhos. – Mas eu não tenho problema nenhum com ele não Arthur, ele é que tem problema comigo e com o Douglas.

- Porque será, não é mesmo? – Arthur achou graça.

- Depois de três anos era de se esperar que não tivesse mais problema nenhum, mas ele sempre foi uma pessoa complicada.

- Ele estava lá em casa um dia desses. – Micael começou a falar. – Parecia bem de boa.

- Um dia desses não né. Já faz uns dois meses. – Deu de ombros. – Mas ele realmente estava de boa. Quem sabe... – Não tiveram mais tempo de conversar sobre porque Lua chegou perto acompanhada de Chay.

- Ei, boa tarde, galera! – Disse animado. Deu beijinho no rosto de Sophia e cumprimentou Micael com um tapinha nas costas, já que ele tinha as mãos ocupadas. Arthur levantou da cadeira que estava ao lado de Micael, deu lugar ao amigo. Se sentou ao lado de Douglas. – Que isso, Micael? Tá abrindo uma creche?

- O que eu posso fazer se o colo do pai é o melhor que tem? – Brincou, mas quase na hora Heitor acordou e começou a resmungar. – Ih, a lá. Você não vem me desmentir na minha cara não hein.

- Está na hora dele mamar, eu já tinha dito a você, defensor do sono. – Mel se levantou da cadeira pra pegar o filho de Micael. Chay não tirava os olhos delas.

- Você vai fazer isso aqui? – Douglas perguntou a ela que assentiu. – Na frente de todo mundo?

- Ué, você não está comendo na frente de todo mundo? – Apontou para o pratinho vazio sobre a mesa. – Meu filho também pode comer na frente de todo mundo.

- Não está mais aqui quem falou. – Ergueu as mãos e ficou calado. Chay riu e Douglas o encarou. – Posso saber qual é a graça?

- Se você não está enxergando, não sou eu que vou explicar a piada. – Deu de ombros.

- Pelo amor de Deus, não comecem. – Arthur pediu. – Temos que ser capaz de conviver.

- Não falei nada, se você não percebeu. – Continuou rindo.

- Eu vou buscar um refrigerante. – Douglas se levantou. – Quer um suco? – Mel assentiu e ele saiu da mesa com passos largos.

- O que foi isso?! – Sophia perguntou sem entender a atitude do amigo.

- Ele morre de ciúmes desse lance de amamentar. – Ela fez carinho no rostinho de seu bebê. – O que eu acho a maior idiotice da vida! Amamentação não é algo sexy, é algo lindo. E eu não vou me esconder pra dar de mamar ao meu bebê. Ele que lute.

- Bom, errada não está. – Micael deu de ombros.

- E mesmo se estivesse. – Ela encarou Micael. – Eu não vou deixar de fazer o que eu quero por causa de que ele tem ciúme. Eu sei muito bem aonde que isso para e eu não quero pra mim de novo. Ele vai aprender a controlar, por bem ou por mal.

- Engraçado, ele nunca foi de ter ciúmes. – Sophia deu de ombros. – Estou até surpresa.

- Ah, está chatão. – Bufou. – Outro dia no shopping, fomos comprar sei lá o quê, estávamos na praça de alimentação, ele reclamou também.

- Ué, pensei que era por causa do Chay. – Micael apontou para o amigo. – Mas é no geral?

- É. – Deu de ombros. – Ele acha que eu tenho que procurar um lugar reservado pra poder amamentar pra ninguém ficar vendo meu peito. – Rolou os olhos. – Não vai acontecer.

- Homens. – Sophia balançou a cabeça. – Tão difíceis de agradar.

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