- Às vezes eu esqueço que a Lua conhece tanta gente. – Sophia suspirou, ela e o marido tinham acabado de chegar na casa de Lua, e olhavam dentre as pessoas, procurando por rostos conhecidos.
- Acho que só nós que não temos
tantos amigos assim. – Micael riu. – Não é possível.
- Ah, mais da metade dessa gente
veio só pra comer, até parece que você não sabe. – Ela encarou o marido que
abria espaço dentre as pessoas ali na área da piscina.
- Olha só quem chegou!!! – Lua
apareceu diante deles. – Pensei que não iam me dar a honra da presença de
vocês. – Cruzou os braços. – Posso saber o motivo do atraso?
- Pergunta a sua amiga ai. –
Micael jogou pra Sophia. – Cinco horas pra se arrumar.
- Não é pra tanto. – Se defendeu.
A conversa era gritada por cima do som alto. – O importante é que aqui estamos.
- Sei. – Ele tinha um careta. –
Douglas e Mel estão numa mesa lá no fundo, afastados por causa do Heitor.
- Eu pensei que nem ia vir por
causa do nenê. – Sophia olhou surpresa.
- Parto normal, minha filha. – Lua
brincou. – Pariu e já pode sair por ai correndo uma maratona.
- Besta. – Fez a loira rir. – Vou lá
então.
- Vai, daqui a pouco eu levo pra
vocês alguma coisa pra comer. Vou procurar o Arthur e meu filho. – Deu um
beijinho em Micael e na hora que foi dar em Sophia ela a agarrou num abraço.
- Feliz aniversário, meu amor. – A
mantinha abraçada. – Amo você.
- Eu também amo você! – Respondeu
com um sorriso e logo se afastou caminhando pelo meio do povo que toda hora
parava ela pra pedir algo. Micael e Sophia seguiram por onde foi indicado por
Lua e logo encontraram a mesa com os amigos. Douglas segurava o bebê que dormia
serenamente como se não tivesse barulho nenhum. – E ai, casal?!
- Ei, loira! – Mel disse empolgada.
– Achei que íamos ficar sozinhos aqui com esse bando de gente estranha que a
Lua convida.
- E eu achei que vocês não iam
trazer o Heitor. – Micael disse sorrindo, se aproximou de Douglas. – Deixa eu
segurar! – Se aproximou e pegou o bebê que continuou a dormir.
- Ficamos nessa de trazer ou não trazer
que acabou o tempo e a gente não tinha achado ninguém. – Mel soltou uma
risadinha. – Mas ele está ótimo, nem parece que tem toda essa bagunça rolando.
- Ele parece ser bem tranquilo
mesmo. – Sophia sorriu enquanto olhava Micael fazer carinho no bebê adormecido.
- Demais. – Foi Douglas quem
respondeu. – Quase não chora, a noite então, acorda pra mamar e olhe lá.
- Comparado as coisas que Lua
contava do Matheus, fiquei muito aliviada.
- Mas aqui. – Sophia olhou para o
corpo de Mel. – Você está maravilhosa! – Mel então abriu um super sorriso. –
Que mandinga é essa que você fez. – Mel estava de biquíni e shortinho. Ninguém
ali diria que ela estivera grávida há tão pouco tempo.
- Eu não sei se a minha genética é
boa, ou que milagre aconteceu. – Ela ria. – Mas eu já sai do hospital muito
bem, a única coisa que tá demais é esse peito né?! – Sophia achou graça. –
Parece que vai explodir a qualquer momento.
- Eu acho ótimo! – Douglas falou e
Mel lhe deu um tapinha. – Ué, estão lindos!
- Não para de vazar leite e você
vem dizer que está lindo. – Rolou os olhos. – Heitor está dormindo faz séculos e
meu peito já está doendo de tanto leite que tem, daqui a pouco vou ter que
acordar ele pra mamar senão eu não aguento.
- Ah, mas ele está num soninho tão
gostoso. – Micael falou ainda sem encarar os amigos. – Vai acordar ninguém não.
- Ah, pronto! – Mel bufou. –
Defensor do sono alheio. Micael é muito babão quando se trata de criança, tenho
é pena de você Sophia.
- Eu também, Melzinha, você nem
imagina. – Todos a mesa riram. Arthur chegou à mesa junto com Matheus, que deu
uma corridinha pra chegar perto de Micael.
- Dindinho! – Tinha a cara
emburrada. – Nem foi me ver.
- Mas ai eu não sabia onde você
estava. – Prendeu o riso. – Mas agora eu estou te vendo, vem cá! – Tentou puxar
o menino, mas ele deu um passo pra trás. – O que foi?
- Você está ai com ele. – Apontou com
o queixo para o bebê. – Nem tem espaço pra mim.
- Ai, meu Deus! – Deu uma
risadinha. – Você não precisa ficar com ciúme do seu priminho. – Se ajeitou pra
segurar o bebê com uma mão só. Tem colo do dindo pra todo mundo. – O menino
chegou perto com um sorriso e logo sentou no em uma perna de Micael.
- Mas o colo do Micael é muito
disputado. – Sophia cruzou os braços. – Eu não quero nem ver quando a Mirella
chegar.
- De onde que o Micael vai tirar
braços pra segurar os três é o que queremos saber. – Arthur deu risada e se
sentou à mesa. – Boa sorte.
- Deixa com o pai aqui que sempre
cabe mais um. – Deu risada acompanhado pelos amigos.
- Ó, só pra avisar a vocês que o
Chay chegou hein. – Arthur disse encarando Mel e Douglas. – Deve estar vindo
pra cá.
- Era de se esperar. – Mel rolou
os olhos. – Mas eu não tenho problema nenhum com ele não Arthur, ele é que tem
problema comigo e com o Douglas.
- Porque será, não é mesmo? –
Arthur achou graça.
- Depois de três anos era de se
esperar que não tivesse mais problema nenhum, mas ele sempre foi uma pessoa
complicada.
- Ele estava lá em casa um dia
desses. – Micael começou a falar. – Parecia bem de boa.
- Um dia desses não né. Já faz uns
dois meses. – Deu de ombros. – Mas ele realmente estava de boa. Quem sabe... –
Não tiveram mais tempo de conversar sobre porque Lua chegou perto acompanhada
de Chay.
- Ei, boa tarde, galera! – Disse animado.
Deu beijinho no rosto de Sophia e cumprimentou Micael com um tapinha nas
costas, já que ele tinha as mãos ocupadas. Arthur levantou da cadeira que
estava ao lado de Micael, deu lugar ao amigo. Se sentou ao lado de Douglas. –
Que isso, Micael? Tá abrindo uma creche?
- O que eu posso fazer se o colo
do pai é o melhor que tem? – Brincou, mas quase na hora Heitor acordou e
começou a resmungar. – Ih, a lá. Você não vem me desmentir na minha cara não
hein.
- Está na hora dele mamar, eu já
tinha dito a você, defensor do sono. – Mel se levantou da cadeira pra pegar o
filho de Micael. Chay não tirava os olhos delas.
- Você vai fazer isso aqui? –
Douglas perguntou a ela que assentiu. – Na frente de todo mundo?
- Ué, você não está comendo na
frente de todo mundo? – Apontou para o pratinho vazio sobre a mesa. – Meu filho
também pode comer na frente de todo mundo.
- Não está mais aqui quem falou. –
Ergueu as mãos e ficou calado. Chay riu e Douglas o encarou. – Posso saber qual
é a graça?
- Se você não está enxergando, não
sou eu que vou explicar a piada. – Deu de ombros.
- Pelo amor de Deus, não comecem. –
Arthur pediu. – Temos que ser capaz de conviver.
- Não falei nada, se você não percebeu.
– Continuou rindo.
- Eu vou buscar um refrigerante. –
Douglas se levantou. – Quer um suco? – Mel assentiu e ele saiu da mesa com
passos largos.
- O que foi isso?! – Sophia perguntou
sem entender a atitude do amigo.
- Ele morre de ciúmes desse lance de
amamentar. – Ela fez carinho no rostinho de seu bebê. – O que eu acho a maior
idiotice da vida! Amamentação não é algo sexy, é algo lindo. E eu não vou me
esconder pra dar de mamar ao meu bebê. Ele que lute.
- Bom, errada não está. – Micael deu
de ombros.
- E mesmo se estivesse. – Ela encarou
Micael. – Eu não vou deixar de fazer o que eu quero por causa de que ele tem ciúme.
Eu sei muito bem aonde que isso para e eu não quero pra mim de novo. Ele vai
aprender a controlar, por bem ou por mal.
- Engraçado, ele nunca foi de ter ciúmes.
– Sophia deu de ombros. – Estou até surpresa.
- Ah, está chatão. – Bufou. –
Outro dia no shopping, fomos comprar sei lá o quê, estávamos na praça de
alimentação, ele reclamou também.
- Ué, pensei que era por causa do
Chay. – Micael apontou para o amigo. – Mas é no geral?
- É. – Deu de ombros. – Ele acha
que eu tenho que procurar um lugar reservado pra poder amamentar pra ninguém ficar
vendo meu peito. – Rolou os olhos. – Não vai acontecer.
- Homens. – Sophia balançou a
cabeça. – Tão difíceis de agradar.
mel certissima arrasou
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