- A gente está abismado com essa sua resposta. – Mel se apressou a explicar.
- O que eu falei de errado agora? – Continuou sem entender. – Pelo amor de Deus, gente.
- Nada não, só não lembro de você
ter sido compreensiva e pensado no que o Micael quer em nenhum momento da sua
vida. – Lua completou e Micael deu uma gargalhada. Sophia desencostou dele com
cara de brava.
- Ei! – Alternou olharem entre
todos. – É sério isso?
- Você é um pouco egoísta, meu
amor. – Micael falou ainda achando graça. – Você mesma já assumiu pra mim mais
cedo, porque essa cara de surpresa.
- Talvez você devesse ter dado
esse susto nela um pouco antes. – Douglas falou rindo. – Precisava nem ter
saído de casa, acho que só fazer as malas já ia causar um certo impacto.
- Não estou mais aguentando esse
complô. – Bufou e voltou a se recostar em Micael. – Estou precisando de novos
amigos.
- Chatona, não aguenta uma
brincadeirinha. – Lua comentou rindo também. – Você já foi mais legal. – Lua ouviu
barulho de passos vindos da escada e se assustou. Levantou a cabeça e viu seu
filho vindo. – Matheus, a mamãe já falou pra você não descer as escadas
sozinho.
- Eu codei. – Disse com a voz fofa que fazia o coração dos pais
derreterem. – Tava sozinhu, mamãe.
- Chama que a mamãe vai te buscar.
– Deu um beijo nele. – Mas tá tarde, vou fazer companhia pra você até você
dormir de novo tá bom? – O menino assentiu feliz. Olhou em volta das pessoas na
sala e seu sorriso se iluminou ao ver Micael.
- Dindinho! – Deu um grito e fez o moreno sorrir. Ele se afastou um
pouco de Sophia e esticou os braços pro garoto, Matheus fez força e logo Lua o
colocou no chão, para que pudesse correr e dar um abraço em Micael. – Você não veio mais brincar com teteu. – Fez
um biquinho. – Já estava com saudades.
- É que o dindinho anda muito
ocupado, meu amor. – Deu um beijo na cabeça do afilhado. – Mas eu prometo que
vou vir mais vezes e a gente vai brincar muito. – Fez cosquinhas na criança que
se contorcia de rir. – Agora chega e vai dormir porque a mamãe já está olhando
brava. – Lua deu uma risada depois da frase de Micael.
- Fica comigo até eu dormir? – Pediu surpreendendo os amigos. Micael
tinha feito isso algumas vezes, mas não era por pedido do menino. – Conta uma história pro teteu!
- Você tá me trocando assim na
cara de pau? – Lua brincou. – Você está vendo isso, Arthur?
- Não tô, mamãe. – Armou cara de choro. – Dindinho quase nunca tá aqui.
- Tá bom, meu amor. – Ela assentiu e sorriu quando viu Micael se
levantar com o seu filho no colo. Ele olhou pra Sophia e disse que já voltava.
Logo subiu as escadas com Matheus.
- Mas que fofura! – Sophia disse
sorrindo pra escada, Micael já não estava mais a vista. – Eu não sabia que ele
gostava tanto assim do Micael.
- Claro que não sabia, você não
convive com a gente. – Lua deu de ombros. – Matheus é apaixonado pelo Micael e
vice versa. Não sei como você tem coragem de negar um filho a esse homem.
- Pois é, tem homem que nasce pra
ser pai. – Arthur concordou.
- A gente já conversou sobre isso,
vocês não precisam mais me dar sermão, tá legal?! – Suspirou. – Eu não vou
perder o Micael por causa disso, vou ter que dar um jeito.
- Você fala como se não fosse se
apaixonar por cada detalhe depois que estiver grávida. – Mel alisava sua
barriga. – Já esteve gravida antes, sabe do que eu estou falando.
- Não estive grávida de propósito.
– Recostou a cabeça do sofá. – Aconteceu.
- Ah, mesmo assim. – Lua intercedeu.
– Você se apaixonou pelo bebê no instante em que descobriu que ia ser mãe. Ou
seja, essa sua recusa toda é por causa da sua carreira e a gente sabe.
- Também é. – Suspirou. – Mas já
aceitei a situação, vamos ver no que dá.
- Que animação, nem parece que
está falando do próprio filho. – Douglas implicou. – Vamos fazer outro bolão
gente? Dessa vez pra saber quanto tempo leva até a Sophia desistir de
engravidar e voltar a enrolar o Micael.
- Para de ser idiota, Douglas. –
Sophia arremessou uma almofada do sofá nele. Todos riam, o clima era bem descontraído
no ambiente. – Eu vou amanhã na agência conversar com a Beth.
- Você e Beth vivem num chamego que
só Jesus.
- Tu me respeita homem, quem vivia
de chamego com ela era tu. – Implicou. – Eu só trabalho pra ela.
- É Sophia pra lá, Sophia pra
cá... – Rolou os olhos. – Ainda bem que não sou modelo feminina pra ter que
competir com você.
- Você é ridículo, Douglas. –
Ainda ria. – Ela gosta do meu trabalho, só isso. Será que vai ficar com raiva
quando eu pedir pra diminuir as campanhas?
- Ah, ela vai entender. – Lua a
encarou. – Quer dizer, aquela mocreia velha não é a pessoa mais compreensiva do
mundo, mas não é possível que não entenda que você tem a sua vida e precisa
cuidar dela.
- Mocreia velha. – Sophia gargalhou.
– Todo mundo tem ranço da Beth.
- E você também costumava ter. –
Lua debochou. – Mas agora é só amor.
- Larguem de ser implicante. – Sophia
se defendeu. – Você podia ir lá comigo amanhã, né Lua? – Sorriu pra amiga.
- Vai me pagar quanto? – Antes de
Sophia responder Micael vinha descendo as escadas.
- Pagar pra quê? – Caminhou pra se
sentar novamente ao lado de Sophia no sofá. Passou o braço pelas costas da mulher.
- Pra ir com ela até a agência e
aturar a voz da insuportável da Elisabeth. – Lua respondeu e arrancou risada
deles novamente. – Tem que ser uma boa quantia, porque é um enorme sacrifício. –
Parou de falar e encarou o Micael. – Você largou meu filho sozinho?
- Seu filho já está dormindo. –
Ele falou como se fosse óbvio.
- Rápido assim? – Ergueu uma
sobrancelha. – Suas histórias devem ser entediantes.
- O colo do pai que é gostoso. –
Respondeu rindo. – A culpa não é minha se você não consegue fazer o menino
dormir rápido.
- Larga de ser convencido, Micael.
– Tentou falar sério, mas o riso escapulia pelos lábios.
continuaaaaaaaa
ResponderExcluirPosta mais!
ResponderExcluirpostaaaaa 🙏🏻
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