A loira abriu o papel com tanto medo que deu agonia em Lua. Ela tomou o papel da mão da amiga e saiu rasgando o envelope pra tirar de lá o papel com muitas informações que não entendia nada. Bateu o olho na única linha que importava dali:
TESTE DE GRAVIDEZ.....................................: POSITIVO.
- E então, Lua? – Estava agoniada.
- Deu positivo, boboca. – Entregou
o papel. – Eu disse a você que estava grávida, devia acreditar mais em mim do
que em teste de farmácia. – Se gabou. – Sophia começou a chorar
descontroladamente. – Para com isso, a gente está no meio da rua.
- Eu vou ter um bebê, Lua. –
Estava feliz, muito feliz. – Uma gestação saudável, diferente da última, o
Micael do meu lado, a gente casado com a nossa casa e o quarto dele montado.
- Eu sei! – Abraçou a amiga mais
uma vez. – Você não tem noção de como eu estou me sentindo por vocês. A vida
mudou e melhorou, que você tenha juízo pra que continue assim. – Começaram a
caminhar de volta para o carro.
- Ainda não estou acreditando. –
Ficava lendo e relendo aquele papel. – Parece tão surreal.
- Já pensou como vai contar ao
Micael? – Deu partida no carro. – De um jeito fofo?
- Que jeito fofo o quê? – Rolou os
olhos. – Eu amei toda a calma e paciência que você teve pra fazer aquela
surpresa pro Arthur na festa de vocês, mas amiga, tudo o que eu mais quero
agora é encontrar o Micael e gritar pra ele que nós vamos ter um bebê.
- Eu imagino. – Soltou uma risada.
– Do jeito que você disse que ele saiu triste de casa, melhor contar de uma vez
mesmo.
- Me deixa no restaurante?
- São nem meio dia – Ergueu uma
sobrancelha.
- Melhor ainda que não tem ninguém
no salão pra que eu tenha que me conter. – Sorriu. – Não pensei que ia ficar
tão animada.
- Eu estou aqui procurando em você
aquela mulher que não queria ser mãe porque tinha medo. – Lua voltou a rir. –
Não estou vendo.
- Você deixa de ser implicante. –
Brigou de leve. – Eu estou contente por realizar o sonho do Micael, muito mais
por ele do que por mim, sabe? Ele sempre se doou tanto na nossa relação sem
pedir nada em troca.
- Eu gosto quando você tem
atitudes e pensamentos maduros. – Debochou. – Uma pena é que você sempre faz
besteira depois, parece que não consegue se segurar.
- Ô, Lua! – Pediu e a mulher
soltou uma risada. – Me deixa logo no restaurante que eu estou ansiosa.
- Preciso conversar com vocês
sobre uma situação desagradável que aconteceu há dois dias. – Jorge tinha
reunido toda equipe de Micael e estavam na cozinha, esperando o que todos
sabiam que seria uma bronca.
- Aconteceu há dois dias e você só
está falando hoje? – Micael questionou.
- Sim, no dia o restaurante estava
cheio e eu não podia parar todo mundo, ontem você e sua equipe estavam de folga,
agora, ainda não abrimos e vocês vão me ouvir. – O moreno cruzou os braços. – Há
dois dias, chegou até mim pelo Rael – Apontou para o metre parado um pouco
distante. – Uma cliente que estava alegando que esse fio de cabelo estava em
seu prato. – Ergueu um saco plástico transparente.
- Fio de cabelo? – Ele franziu a
testa.
- Sim, Micael. – Continuou a
falar. – Me gerou um grande transtorno e eu não esperava que isso fosse
acontecer aqui. A cliente fez um puta escândalo na minha sala, eu tive que
ouvir poucas e boas porque algum de vocês não prestou atenção e estava sem a
touca. Ainda tive que deixar que ela saísse sem pagar, afinal, depois dessa não
tem como cobrar da cliente.
- Ninguém na minha cozinha
trabalha sem touca além de mim. – Micael deu um passo à frente. – E eu tenho
certeza absoluta de que não é meu cabelo que está ai. – Apontou para o saco. –
Você veio aqui chamar a nossa atenção por uma coisa que não é culpa nossa. Essa
mulher encontrou esse fio de cabelo onde? Na sobremesa? Muito conveniente.
- Não tenta virar o jogo, Micael. –
Rangeu os dentes. – Você não prestou atenção e um dos seus funcionários estava
sem a touca. Assume de uma vez que vai ser melhor para que a gente possa
prosseguir.
- Nunca que eu vou assumir algo
que eu não fiz. – Encarou o pai com sangue nos olhos. Já não estava num bom
dia, Jorge ainda vinha querer se crescer pra cima dele na frente dos outros. –
Essa mulher armou e você deu a conta dela de trouxa.
- Micael! – Repreendeu alto. –
Você está me chamando de trouxa na frente dos outros?
- Estou, você veio tirar
satisfação na frente de todo mundo, se tivesse me chamado pra conversar na sua
sala eu até me daria ao trabalho de explicar pro senhor que existem muitos
golpistas no mundo, mas não foi o caso então eu vou te falar as verdades na
frente de todo mundo.
- Você me respeita!
- E como eu vou fazer isso se você
não me respeita. – Jorge também cruzou os braços. – Se eu estou dizendo que ninguém
aqui trabalha sem touca é porque não trabalha e ponto! – Gesticulou em
volta. – Dá uma olhada, todo mundo com
uniforme limpo, todo mundo de mão lavada e todo mundo com cabelo preso e touca
antes mesmo de começar o nosso trabalho. Foi enganado e ponto.
Ouviram alguém bater na porta e
Rael olhou pra Jorge que não estava nem um pouco solicito a receber visitas. –
Seja quem for, manda embora! – Rael correu pra atender e ao abrir a porta deu
de cara com Sophia, ela ouvia gritos mesmo do lado de fora, mas por ser longe, não
tinha conseguido entender o que falavam.
- Ih, Sophia. – Ele começou, já sem
graça. – Jorge disse pra não deixar ninguém entrar.
- O que está acontecendo? –
Perguntou cochichando. – A gente escuta os gritos a distância.
- Seu Jorge está dando bronca em
todo pessoal da cozinha por causa de um fio de cabelo que foi encontrado num
prato. – Sophia arregalou os olhos. – Micael está puto dizendo que foi golpe da
cliente pra não pagar a conta, chamou o pai de trouxa e tudo, na frente de todo
mundo.
- Puta merda, o Micael se irrita e
sai falando bosta. – Rolou os olhos. – Parece que eu sempre chego aqui na hora
que está acontecendo alguma treta. – Soltou uma risadinha.
- Sempre chega na hora certa pra
impedir que os dois se matem, está quase na hora de abrir e a cozinha parada
por causa da bronca.
- Você já acabou? – Sophia ouviu a
voz de Micael gritar. – Eu espero que tenha acabado.
- Não acabei, eu só quero responsabilidade
na cozinha pra que eu não tenha que ficar oferecendo comida de graça pra ninguém.
- Olha ai você me chamando de irresponsável
de novo. – Rolou os olhos. – Quando que deu essa conta hein? – Bufou. –
Desconta essa porra do meu salário, não vou morrer de fome por causa disso. –
Sophia e Rael chegaram até a cozinha e foram vistos por Micael. – O que veio
fazer aqui?
- Sophia agora não é um bom
momento. – Jorge disse irritado. – E você Rael, não sabe o que significa mandar
embora?
- É a sua nora. – Se defendeu. –
Você nunca barrou a entrada dela aqui.
- Uma conversa delicada, a Sophia
vai entender. – Falou olhando para a mulher. – Não vai?
- Vou. – Falou baixo. – Eu só vim
porque eu preciso falar com o Micael.
- E não dá pra ser em casa?
Estamos no meio de algo realmente importante.
- Qual foi, Jorge... – Sophia rolou
os olhos. – Você conhece o seu filho bem demais pra saber o quão sistemático ele
é, jamais deixaria um cabelo no prato. Ainda mais que quem finaliza tudo é ele.
Golpe, com certeza.
- Viu só?! – Micael debochou. –
Quem sabe com a sua norinha preferida falando você entenda que na minha cozinha
ninguém trabalha sem touca. – Gritou de novo.
- Só estou dizendo que pode ter
havido alguma distração, sei lá. Ninguém está isento de errar. – Recomeçaram a
brigar.
SOCORRO O BEBÊ SOMIC VEIOOOOOOOO!!!!!!
ResponderExcluirMuito obrigada pelo capítulo, Cah!
Feliz Natal pra ti e sua família.
AHHHHHHHHHHHHH, eu amo muito essa mulher! 🤡 kkk
ResponderExcluirFeliz Natal, Deus abençoe você e a sua família com muita saúde. ❤
Kkkkkkkkkk euuuuuu ameiiiiii
ResponderExcluirMelhor jeitoo
ResponderExcluirae sophiaaa so assim pra eles pararem kkkkk
ResponderExcluirse tu nao postar feliz natal 🎄