Amor Demais - Capítulo 70

- Você tem sete anos? – Micael perguntou rindo.
- Claro que tenho! – Mandou língua pro pai.
- Você tem razão filha. – Eu cheguei perto e a abracei. – Vai com a Jéssica e curte o sábado, quando chegar estaremos te esperando. – Deu um beijo na minha bochecha.

- Eu te amo, mamãe. – Eu sorri.
- Também te amo princesa. – Ok, eu era uma manteiga derretida, não podia ouvir ela dizendo que me amava que eu já começava a chorar. Todo mundo reparou.
- Deixa de ser frouxa mulher. – Lidiane falou rindo e eu funguei, passando a mão nos olhos.
- Ok, foi um deslize. – Nós rimos.
- Vamos então, filha? – Laura assentiu. – Obrigada, Sophia.
- Que nada! – Sorri pra ela.
Laura e Jéssica se despediram de todos e eu fiquei olhando elas irem com lagrimas nos olhos. Parecia que eu não conseguia parar, que elas iam sumir e nunca mais voltar. Segurei a mão de Micael. Eu sabia que sua família estava me encarando.
- Calma Soph. – Jorge falou. – Á noite ela vai estar em casa.
- Na verdade dói saber que ela ama mais a Jéssica do que eu. – Eu desabafei, ainda sem controlar as lagrimas.
- Ela não ama mais a Jéssica. – Antônia falou com a voz simpática.
- Ela ama sim. Ela prefere ficar com a Jéssica. Se ela tivesse que escolher, não ia ser eu.
- Soph, não é assim... – Micael começou e eu o encarei por baixo da cortina de lagrimas.
- A culpa disso é sua que botou outra mulher na vida da minha filha. – Eu fui um pouco ignorante, logo depois me arrependi.
- Acabaram de fazer as pazes, não briguem de novo. – Luan falou antes que Micael me respondesse.
- Me desculpa. – Eu falei e ele me abraçou forte.
- Laura te ama, Sophia. – Deu um beijo em minha cabeça.
- Eu sei...
- Chega desse assunto. – Antônia quebrou o silencio. – Vocês acabaram de voltar, vamos ficar bem.
- Estamos bem. – Agora já tinha parado de chorar.
- Ótimo, então vamos animar. – Antônia me abraçou.
Passamos uma tarde maravilhosa ali. Não tinha como não amar essa família. Eles me animaram de um jeito que eu não consigo nem explicar. Fomos embora quando já estava começando a escurecer. Não fui pra casa, estava com muita saudade de Micael então optei por ir pra casa dele. Mal conseguimos chegar ao quarto. Nosso fogo era tão grande que derrubamos uma série de coisas pelo caminho. Nós nos amamos com muita vontade e agora estávamos esgotados na cama, nus. Eu tinha a cabeça em seu peito e ele me fazia um cafuné.
- Eu te amo, senti tanta saudade. – Ele falou e me arrancou um sorriso.
- Também te amo e também estava com saudades. – Ergui a cabeça para lhe dar um beijo.
- Se você fizer de novo, vai ver só. Eu vou atrás de você na sua casa.
- Você deveria ter ido da outra vez, mas escolheu ficar aqui com a Jéssica. – Fiz uma careta e ele riu.
- Não pode fazer careta ao dizer o nome dela, vocês são super amiguinhas.
- Não somos amigas, nós nos suportamos. – Rolei os olhos e ele riu.
- Aham, claro. Suportar era o que eu fazia com você assim que voltou. Isso que vocês tem é uma linda amizade. – Tinha um humor em seus olhos que me fez sorrir.
- Aquilo era suportar? – Gargalhei. – A gente não podia ficar no mesmo ambiente por dez minutos que já estávamos falando coisas desagradáveis um para o outro.
- É minha maneira de suportar. – Ele também riu.
- Bom, é uma maneira horrível. – Eu fechei o sorriso. – Se o senhor em algum momento falar alguma coisa do tipo pra mim de novo eu corto sua língua.
- Ei, não precisa de ameaças. Daqui pra frente eu quero só amorzinho com você. Quero deixar todo mundo com nojo de tanto dengo. – Ele me agarrou e subiu por cima.
- Até eu né. – Ri e ele parou de me beijar.
- Ih alá. – Negou com a cabeça e voltou a se deitar do meu lado. – Depois não reclama viu!
- Ai, tadinho do meu bebê. – Foi minha vez de virar e ficar por cima dele.
- Bebê? Que apelido mais clichê. – Ele riu. – Vamos querer ser mais original.
- Vou é calar essa sua boca. – Mordi o lábio e ele arregalou os olhos. Começamos a nos agarrar de novo, mas a campainha tocou e eu cai pro lado dele com um suspiro. – Ai ai, não se tem paz. – Ele gargalhou.

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